O cantor e compositor baiano Clementino Rodrigues, conhecido como Riachão, morreu hoje (30), aos 98 anos.
Ele faleceu enquanto dormia, de causas naturais, e chegou a ser atendido por uma equipe médica no bairro do Garcia, em Salvador, onde morava.
Riachão é um dos mais importantes nomes da música baiana, autor de clássicos como “Cada Macaco no Seu Galho” , uma das mais famosas do músico, foi lançada em 1972 nas vozes de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e “Vá Morar Com o Diabo”, conhecido na voz da também saudosa, Cássia Eller.
Sempre ativo, ele planejava lançar um novo álbum ainda este ano, com o título “Se Deus Quiser Eu Vou Chegar aos 100” e foi também contemplado pelo Edital Natura Musical de 2020.
Riachão foi lembrado em inúmeras homenagens, o cantor Caetano Veloso, prestou a sua nas Redes Sociais:
“Riachão foi uma força criadora de proporções imensas. Uma usina de energia rítmica, melódica, cômica, poética. Viveu 98 anos de luz intensa.
Cada macaco no seu galho. Ele conheceu a tragédia em sua velhice, dificuldades em sua juventude, mas eu estive com ele há cerca de um ano e o vi cantar, sem parar e sem perder o suingue, por 5 horas seguidas.
Seus sambas-coco são a afirmação da alegria baiana. Morreu velho e novo, sem precisar de novidades virais. Nunca esqueceremos Riachão.”, diz Caetano.
A partir de Riachão, vieram tantos outros sambistas, alguns dos quais seriam seus parceiros de verso, como Batatinha e Panela.
Outro artista consagrado que gravou Riachão foi Jackson do Pandeiro. O sambista baiano gravou o primeiro CD aos 80 anos.