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“Minha Mãe É Uma Peça”, com Paulo Gustavo, enfrentou resistência da indústria, mostra documentário

“O processo de levantar o filme ‘Minha Mãe É Uma Peça’ foi muito difícil, porque rolava um bullying”, conta a produtora Iara Britz.

(Foto: Divulgação)

Quem vê o sucesso dos filmes “Minha Mãe É Uma Peça” não imagina a dificuldade que foi levar Dona Hermínia para o cinema pela primeira vez. O documentário “Filho da Mãe”, sobre o ator Paulo Gustavo, traz depoimentos que revelam resistência de exibidores e preconceito no início do projeto. “O processo de levantar o filme foi muito difícil, porque rolava um bullying”, conta a produtora Iara Britz. “A primeira sessão para exibidores foi traumática, porque rolou um silêncio constrangedor”, lembra.

(Foto: Divulgação)

“Minha Mãe É Uma Peça” nasceu como uma peça no Rio de Janeiro, que ganhou força, fez turnê nacional, encheu arenas para cinco mil espectadores, e alçou Dona Hermínia para quadro no “220 Volts” no Multishow e no “Fantástico” na Globo. Quando surgiu o projeto de adaptar a peça para o cinema, essas credenciais foram questionadas. Iara Britz conta que ouvia frases como “homem vestido de mulher…”, “nunca vi esse cara” e “ele já fez televisão?”. Paulo Gustavo, porém, nunca duvidou que daria certo.

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“Depois daquele silêncio constrangedor na apresentação para exibidores, o Ribeiro, um exibidor super importante e experiente no mercado, me pegou pelo braço e falou ‘acaba de nascer um novo cinema nacional, uma nova comédia. Vai todo mundo fazer igual depois'”, recorda.

(Foto: Divulgação)

O sucesso da franquia “Minha Mãe É Uma Peça”

O primeiro “Minha Mãe É Uma Peça” foi o filme mais visto de 2013 no Brasil, com mais de 4,6 milhões ingressos vendidos. “Minha Mãe É Uma Peça 2” (2016) fez ainda mais sucesso, alcançando oito milhões de espectadores. Mas o último filme, “Minha Mãe É Uma Peça 3” (2019), ultrapassou os dois primeiros: levou 11 milhões de pessoas aos cinemas em menos de um mês. A comédia também se tornou a maior bilheteria do cinema nacional em faturamento, batendo R$ 198 milhões.

“Coisa mais maravilhosa para mim, que lançava os filmes, era que quando eu anunciava ‘vem aí um filme de Paulo Gustavo’, a concorrência de Hollywood saía da frente. A data era nossa. A Disney com sua Marvel, com seus super-heróis… e, na verdade, o Paulo Gustavo é o grande super-herói brasileiro. Essa que era a verdade”, diz Bruno Wainer, distribuir dos filmes.

Essa e outras histórias são resgatadas no documentário “Filho da Mãe”, que estreia no Prime Video no dia 16 de dezembro.

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