O Ministério da Cultura anunciou ontem (27) a intenção de apresentar um plano de trabalho sobre cultura para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na COP30, conferência do clima da ONU de 2025, prevista para acontecer em Belém (PA). A meta foi apresentada durante um seminário sobre patrimônio e mudanças climáticas, realizado paralelamente ao G20.
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O seminário internacional Patrimônio Cultural e Ações Climáticas, aconteceu no prédio da Regional Brasília do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), com participação da ministra Margareth Menezes, o presidente do Iphan, Leandro Grass, e a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.
“Uma das prioridades do GT de Cultura do G20 é a proteção do patrimônio cultural e da memória, alinhada aos debates sobre a mudança do clima, pois o combate às desigualdades e a construção de um mundo mais justo e igualitário tem como pilares fundamentais a salvaguarda, valorização e a proteção de nosso patrimônio cultural”, destacou Margareth Menezes, ministra da Cultura.
Ao longo do dia, na agenda oficial do G20, aconteceu também a 2ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho da Cultura do G20. A participação do Brasil conta com o lugar privilegiado como atual sede do G20.
Por outro lado, os agentes de cultura, como a ministra e a representante da Unesco, se posicionaram no evento extraoficial com uma das primeiras leituras detalhadas sobre o evento climático extremo no Rio Grande do Sul (RS).
“A agenda da ONU, na sua meta 13.1, sugere reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionadas ao clima e às catástrofes naturais. Essa agenda dialoga com as capacidades institucionais, sociais e econômicas de preservação do patrimônio cultural, uma vez que os efeitos adversos das mudanças climáticas terminam por impactar tanto os patrimônios tangíveis quanto intangíveis”, afirmou a diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.
Segundo o governo, no seminário foram apresentados informes a respeito dos impactos das mudanças climáticas no patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.
“Desde o ano passado nós temos priorizado comunidades quilombolas, indígenas, olhado para os povos tradicionais, percebendo a importância que o patrimônio imaterial tem a nos oferecer de aprendizado sobre resiliência, mitigação e sustentabilidade”, defendeu o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Dentre outros assuntos da manhã da segunda-feira (27), estiveram o debate sobre perspectivas da agenda multilateral sobre patrimônio cultural e ações climáticas, assim como povos originários, comunidades tradicionais e detentores, financiamento e gestão para ação climática.
“É urgente debatermos e encontrarmos soluções para os desafios que a mudança do clima tem trazido para o campo cultural”, completou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.