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MinC quer criar Plano de Trabalho sobre Cultura para Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas

Ministra Margareth Menezes declarou a meta em evento paralelo ao G20 sobre patrimônio e ações climáticas
MINISTERIO DA CULTURA, G20
Reunião extraordinária com o Ministério da Cultura no G20. Foto: Filipe Araújo/MinC.

O Ministério da Cultura anunciou ontem (27) a intenção de apresentar um plano de trabalho sobre cultura para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na COP30, conferência do clima da ONU de 2025, prevista para acontecer em Belém (PA). A meta foi apresentada durante um seminário sobre patrimônio e mudanças climáticas, realizado paralelamente ao G20.

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O seminário internacional Patrimônio Cultural e Ações Climáticas, aconteceu no prédio da Regional Brasília do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), com participação da ministra Margareth Menezes, o presidente do Iphan, Leandro Grass, e a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.

Ministra da Cultura, Margareth Menezes. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

“Uma das prioridades do GT de Cultura do G20 é a proteção do patrimônio cultural e da memória, alinhada aos debates sobre a mudança do clima, pois o combate às desigualdades e a construção de um mundo mais justo e igualitário tem como pilares fundamentais a salvaguarda, valorização e a proteção de nosso patrimônio cultural”, destacou Margareth Menezes, ministra da Cultura.

Ao longo do dia, na agenda oficial do G20, aconteceu também a 2ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho da Cultura do G20. A participação do Brasil conta com o lugar privilegiado como atual sede do G20.

Por outro lado, os agentes de cultura, como a ministra e a representante da Unesco, se posicionaram no evento extraoficial com uma das primeiras leituras detalhadas sobre o evento climático extremo no Rio Grande do Sul (RS).

Diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto

Diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto

 “A agenda da ONU, na sua meta 13.1, sugere reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionadas ao clima e às catástrofes naturais. Essa agenda dialoga com as capacidades institucionais, sociais e econômicas de preservação do patrimônio cultural, uma vez que os efeitos adversos das mudanças climáticas terminam por impactar tanto os patrimônios tangíveis quanto intangíveis”, afirmou a diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.

Segundo o governo, no seminário foram apresentados informes a respeito dos impactos das mudanças climáticas no patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.

Presidente do Iphan, Leandro Grass.

“Desde o ano passado nós temos priorizado comunidades quilombolas, indígenas, olhado para os povos tradicionais, percebendo a importância que o patrimônio imaterial tem a nos oferecer de aprendizado sobre resiliência, mitigação e sustentabilidade”, defendeu o presidente do Iphan, Leandro Grass.

Dentre outros assuntos da manhã da segunda-feira (27), estiveram o debate sobre perspectivas da agenda multilateral sobre patrimônio cultural e ações climáticas, assim como povos originários, comunidades tradicionais e detentores, financiamento e gestão para ação climática.

“É urgente debatermos e encontrarmos soluções para os desafios que a mudança do clima tem trazido para o campo cultural”, completou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

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