Antes mesmo de se tornar o maior hit da discografia de Miley Cyrus – até então -, “Flowers”, datada de janeiro de 2023, já rendia comparações com “When I Was Your Man”, um dos hits de Bruno Mars. O caso, de fato, chegou a ir parar na justiça com alegações de plágio e, agora, a cantora decidiu tomar uma atitude em torno do imbróglio. Recentemente, os advogados que representam a artista quebraram o silêncio sobre as acusações, as quais consideram um “erro fatal”. Entenda!
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Foto: Ethan James Green
Os advogados de Miley Cyrus solicitam o arquivamento do processo que a acusa de ter “se apropriado” indevidamente da música de Bruno Mars. A defesa da cantora argumenta que é inadmissível que apenas uma empresa que detém de uma pequena porcentagem dos direitos autorais de “When I Was Your Man” faça a alegação, uma vez que todos os outros co-compositores se negam a acusar Cyrus.
“O autor inequivocamente [diz] que obteve seus direitos reivindicados nos direitos autorais de ‘When I Was Your Man’ de apenas um dos quatro coautores daquela composição musical. Esse é um defeito fatal e incurável na reivindicação do autor. Ele move esta ação de violação de direitos autorais sozinho — sem nenhum dos coautores ou outros proprietários daquela composição musical. Sem o consentimento dos outros proprietários, uma concessão de direitos de apenas um coproprietário não confere legitimidade”, enfatiza a defesa de Miley.
Desde o lançamento do carro-chefe do disco “Endless Summer Vacation” (2023), de Miley, vários internautas apontaram a música como uma espécie de resposta à letra da canção de Bruno Mars. Para grande parte do público, essa seria a única referência mais direta entre as duas obras. A defesa de Miley alega que “os elementos supostamente copiados são ideias aleatórias, dispersas e desprotegidas, além de blocos de construção musicais”.
“Eles estão tentando fazer argumentos técnicos falsos porque não têm uma defesa substancial real para o caso. Não somos um cessionário; somos os donos dos direitos autorais. A lei é clara ao dizer que temos o direito de fazer valer nossos interesses. Os réus compositores negam categoricamente a cópia […]. Um único coautor de um interesse de direitos autorais, agindo sozinho, não pode atribuir ou licenciar direitos exclusivos porque esses direitos também são de propriedade dos coautores do cedente ou do licenciante”, complementam os advogados da cantora.
Entenda a acusação!
A revista Rolling Stone reportou, em setembro, que foi a Tempo Music Investments que moveu a ação contra a cantora e os outros envolvidos no processo criativo de “Flowers”. É que a plataforma é detentora de uma porcentagem dos direitos autorais, nos Estados Unidos, da canção de Bruno, adquirida do co-compositor Philip Lawrence.
Apesar disso, o próprio intérprete de “When I Was Your Man”, que integra o disco “Unorthodox Jukebox” (2012), não é apontado como autor do processo. Nem ele nem os co-compositores Ari Levine e Andrew Wyatt.
“É inegável, com base na combinação e no número de semelhanças entre as duas gravações, que ‘Flowers’ não existiria sem ‘When I Was Your Man’ […]. Com ‘Flowers’, Cyrus, Hein e Pollack criaram uma obra derivada de ‘When I Was Your Man’ sem autorização”, destaca uma das passagens do documento.
Uma curiosidade é que, à época do lançamento da música de Miley, em janeiro do ano passado, fãs da cantora e internautas já haviam comentado sobre a semelhança entre as letras das canções, dizendo, inclusive, que “Flowers” parecia uma resposta ‘empoderada’ ao sucesso de Bruno Mars.
“Jovem demais, tolo demais para perceber / Que eu deveria ter lhe comprado flores / E segurado sua mão / Deveria ter te dado todas as minhas horas / Quando tive a chance / Ter levado você a todas as festas / Porque tudo o que queria era dançar / Agora minha garota está dançando, / Mas está dançando / Com outro homem”, canta Bruno no refrão de sua obra.
Já no refrão de sua música, Miley diz: “Eu posso comprar flores para mim mesma / Escrever meu nome na areia / Falar comigo mesma por horas / Dizer coisas que você não entende / Eu posso me levar para dançar / E posso segurar minha própria mão / Sim, eu posso me amar melhor do que você pode”.
