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Miley Cyrus é capa da revista Billboard e confirma novo single “Malibu” no estilo country


O que era uma especulação, se confirmou! Miley Cyrus é capa da nova edição da revista Billboard e, durante entrevista, falou sobre o novo direcionamento da sua carreira. O novo single “Malibu” será lançado no dia 11 de maio, uma quinta-feira.

A cantora deixará seu passado no hip-hop e eletrônico e apostará num som mais acústico e country.

A música é uma fresca canção de amor sobre seu namorado Liam Hemsworth, diferente de tudo o que ela gravou antes. Em um dos versos, ela canta, “Eu nunca teria acreditado em você se três anos atrás você me dissesse que eu estaria aqui escrevendo essa música”, fazendo menção clara ao seu relacionamento.

“Essa é a Miley se inclinando para suas raízes mais do que eu já ouvi”, diz seu pai, o cantor country Billy Ray Cyrus. “Para ela, isso é honesto”. O novo trabalho também será uma vitrine para sua voz, uma das mais expressivas na música. “Minha principal preocupação não é a rádio”, diz Cyrus, que teve o single “Wrecking Ball” por três semanas no 1º lugar em 2013. “Eu realmente nem sequer escuto”, completou.

Billboard: Onde exatamente você escreveu “Malibu”?
No caminho para o “The Voice”. Eu gosto de dirigir para todos os lugares, mas naquele dia eu decidi pedir um Uber e eu estava tentando não cantar em voz alta porque alguém estava no carro.

Billboard: As pessoas podem chamar isso de sentimental.
Eles vão falar isso se eu sair de um restaurante com Liam. Então por que não colocar o poder em meu relacionamento e dizer: “É assim que eu me sinto”?

Billboard: Depois que vocês se separaram, disse algo como: “Estou tão imersa no trabalho, que nem consigo pensar nisso”.
Sim, mas também porque eu precisava de tantas mudanças. E mudar com outra pessoa não mudando junto é muito difícil. De repente você é como, “eu não o reconheço mais”. Nós tivemos que nos reapaixonar.

Billboard: O novo álbum é muito cantora-compositora, não?
Sim. Mas não é clichê. Eu não escuto Ed Sheeran e John Mayer, coisas assim.

Billboard: O que foi mais importante para você no “The Voice”?
Eu gostei muito de conhecer o Blake Shelton. Eu realmente quero tirar proveito do fato de que ele está lá, seus fãs realmente não me levam a sério como um artista country. Claro, eu nunca fiz esse tipo de música. Mas eu tenho uma tatuagem do autógrafo de Johnny Cash que ele me deu quando eu era uma menina que diz: “Estou em seu canto”. Dolly Parton é minha maldita madrinha. O fato de que os fãs de música country estão com medo de mim, isso me machuca. Toda a merda do da nudez do passado, aquilo tudo eu fiz porque senti que era parte de meu movimento político, e aquela Miley começou onde eu cheguei agora. Eu estou evoluindo, e eu vou me cercar de pessoas inteligentes que são evoluídas.

Billboard: Mas nós vimos a maneira que Madonna e Lady Gaga se perguntavam, “Isso é apenas mais uma fantasia? Outra fase?
Acho que Madonna e Gaga são iluminadas. Eu odeio quando as pessoas não conseguem se ajustar. Eu costumava resistir a mudanças. Mas eu não fumo maconha há três semanas, o período mais longo que eu já tive. Eu não estou usando drogas, eu não estou bebendo, estou completamente limpa agora! Isso era apenas algo que eu queria fazer.

Billboard: É difícil não fumar?
É fácil, cara. Quando eu quero alguma coisa, é muito fácil para mim. Mas se alguém me falasse para não fumar, eu não teria feito isso. É porque estava no meu tempo. Eu sei exatamente onde estou agora. Eu sei o que eu quero que esse álbum seja. E não no sentido de manipulação – querendo algo de meus fãs ou o público, como alguma coisa viscosa – “Como faço para chamar a atenção?”. Eu nunca pensei sobre isso. Cara, eu fiquei chocada com a polêmica que causei no VMA com o o twerk e o ursinho de pelúcia. É um tempo totalmente diferente e eu não acho que isso enlouqueceria as pessoas mais.

Billboard: Parece que as coisas estão mudando à velocidade da luz. Ainda assim, há um público que talvez tenha um pouco de medo de você.
Eu estava falando sobre isso com minha irmã [Noah], que tem 17 anos, e ela está fazendo música agora. Ela basicamente cresceu em L.A. Ela nunca soube nada diferente. Ela nem sequer sabe que ela é mente aberta, é o único tipo de mente que ela já conheceu. É alucinante para mim que houve até uma controvérsia em torno de ter dançarinos negros. Isso se tornou assunto, onde as pessoas disseram que eu estava aproveitando a cultura negra. Isso não era verdade. Aqueles eram os dançarinos que eu gostava!

Quando eu conheci Pharrell Williams, antes de “Blurred Lines”, antes de “Happy”, as pessoas não iam ter reuniões comigo porque diziam: “Ele não teve um sucesso em 10 anos.” Eles queriam me colocar com ‘Dr. Lukes’ da vida, ou Max Martin, me colocando na maldita linha de montagem, eu disse: “Não. Este é alguém que realmente se preocupa comigo. Este é alguém com quem eu me sinto segura”. Eu fiquei completamente fechada, e eu tinha que confiar em mim mesma. O que parece certo para mim parece certo para meus fãs, porque eles sabem que algum cara em um terno não me disse para fazer algo. E por sinal, eu trouxe “Wrecking Ball” para Luke. Ninguém me colocou no quarto com Luke. Eu tinha feito “Party in the U.S.A.” com ele, é apenas alguém que eu pensei que poderia lidar com esse som.

A sessão de fotos inédita foi feita por Brian Bowen Smith.