Capa da nova edição da revista Marie Claire, Miley Cyrus ilustra uma reportagem com forte crítica aos padrões de beleza estabelecidos pela mídia. Na entrevista, a cantora afirma que “Hannah Montana”, a série que a alçou ao sucesso na Disney, reforçava tais estereótipos, o que a deixou com problemas com sua própria imagem. “Tudo era feito para que eu parecesse com alguém que eu não era. Desde quando eu tinha 11 anos, tudo era ‘você é uma estrela do pop! Isso significa que você tem que ser loira, ter cabelos compridos e usar alguma coisa brilhante e apertada’. Mas na verdade eu era uma menina frágil de 16 anos, com uma peruca e uma tonelada de maquiagem. Era como se eu estivesse em ‘Toddlers & Tiaras’”, relembra.
Segundo a americana, isso provavelmente causou uma dismorfia corporal nela. Ela tinha que se montar tanto todo dia que, quando acabou a série, não sabia nem mais quem era. Até hoje, essa questão a persegue. “Quando você olha para aqueles retoques, as fotos perfeitas, você se sente como merda. Eles clareiam a pele de meninas negras. Suavizam rugas. Mesmo quando vejo uma foto minha no Instagram fico me perguntando: ‘por que eu não me pareço com isso?’. É muita chatice. É uma loucura o que as pessoas decidiram que todos devemos ser”. Foi nessa entrevista, também, que Miley declarou se sentir como um menino de 15 anos preso no corpo de uma garota de 22 anos.
Completando seu raciocínio, ela diz que faz questão de questionar e confrontar os padrões de beleza. Miley conscientemente foge disso. “Eu provavelmente nunca serei o rosto de uma empresa de beleza, a não ser que eles queiram uma fumadora de ervas, maluca liberal. Mas o meu sonho nunca foi vender gloss. O que eu quero é salvar o mundo”, afirma.
