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Michael Stipe elege suas canções favoritas do R.E.M.

Crédito: Michael Stipe

Quando Michael Stipe fundou o R.E.M. em 1980, ele era um estudante alheio ao que o esperava nas próximas três décadas de pioneirismo juntos. Desde o rompimento em 2011, o antigo vocalista poucas vezes se dispôs a relembrar suas conquistas. Mas sim, ele se permitiu escolher suas canções favoritas da banda.

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R.E.M., um dos vencedores do Grammy em 1992 (Crédito: Rick Maiman/Sygma via Getty Images)

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Sempre é preciso ressaltar que o R.E.M. nunca foi uma banda que almejou fazer shows em grandes arenas, por exemplo. A fama nunca foi algo que eles procuraram desesperadamente ou até mesmo desejaram. Nos primeiros dez anos de carreira, o então quarteto alcançou o status de cult – até que tudo mudou em 1991, quando seu sétimo álbum “Out Of Time“, os jogou para a estratosfera.

O álbum trazia os hit singles “Shiny Happy People” e “Losing My Religion”, que catapultou o R.E.M. para as mãos de uma nova base de fãs pelo mundo. Nos anos seguintes, o grupo não poderia errar. No entanto, a paz não durou para sempre, e um período tumultuado começaria após a partida amigável do baterista Bill Berry em 1997.

Foi um revés que paralisou o grupo, que se reinventou para sobreviver. Em 2018, Stipe discutiu oito de suas canções favoritas do catálogo da banda com o The Guardian. Sem surpresa, ele evitou selecionar quaisquer faixas de “Up” (1998), que eles criaram após a saída de Berry.

Depois de compor “The Lifting” (do álbum “Reveal“, de 2001), o cantor notou o quão difícil foi o desafio de se adaptar para um trio. “Peter [Buck] tem o tipo de personalidade que se ele não está feliz e ele está na sala com você, isso simplesmente destrói tudo”, disse Stipe à publicação. “Ele é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci e uma das pessoas mais silenciosas, então você nunca sabe realmente o que está acontecendo dentro de seu cérebro”.

“The Lifting” é uma sequência de “Daysleeper” (do controverso álbum “Up“), que Stipe escreve a partir da perspectiva de uma mulher. Ele disse que essas duas canções o forçaram a “desafiar meu próprio senso de posicionamento feminista”. O cantor acrescentou: “Por que escrevi esse personagem insanamente vulnerável como mulher? Eu tive que descobrir isso”.

Estranhamente, a lista de oito músicas de Stipe inicialmente não apresentava uma única faixa de seus seis primeiros álbuns, e ele também omitiu músicas do superelogiado “Automatic For The People” (1992). Um pouco depois ele mudou de ideia e incluiu “World Leader Pretend”, que faz parte do sexto álbum “Green” (1988).

“Foi a primeira música na qual me senti tão confiante que imprimimos a letra na capa, permitindo que as pessoas a lessem antes de ouvi-la”, comentou Stipe. “Então, você poderia dizer que foram oito anos em formação”, diz ele sobre a jornada da banda para chegar a “World Leader Pretend”.

Outra canção que causou espanto ao ser incluída em sua lista foi “We All Go Back to Where We Belong”, faixa inédita que o grupo lançou em 2011 depois de anunciar que estavam se separando. Stipe admite que a separação foi uma “decisão difícil”, mas que ele sentiu ser a única opção.

“Tínhamos cumprido nosso contrato, e ficou evidente para nós que era hora de encerrarmos sem se transformar em algo tolo, o que nenhum de nós queria, ou tomar a difícil decisão de finalizarmos os trabalhos em nossos próprios termos e deixar a vida seguir em frente”, refletiu.

Stipe tem um carinho eterno pelos anos emocionantes que a banda desfrutou, e não há diamantes suficientes no mundo que o tentariam a potencialmente arruinar seu legado. Esta lista de oito canções escolhida a dedo é uma viagem fugaz e nostálgica pelos caminhos da memória, o que também amplifica por que Stipe está certo em não correr o risco de manchar seu ilustre nome.

Confira a lista com as 8 canções do R.E.M. que Michael Stipe mais gosta:

“World Leader Pretend” (1988)

“Country Feedback” (1991)

“Strange Currencies” (1994)

“The Lifting” (2001)

“Electron Blue” (2004)

“Supernatural Superserious” (2008)

“Oh My Heart” (2011)

“We All Go Back to Where We Belong” (2011)

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