Apesar da Operação Integration ter se tornado pública nas últimas semanas, inúmeros detalhes da investigação seguem reversados. Contudo, a soltura de Deolane Bezerra na última terça-feira (23), após 14 dias presa, revelou alguns dos motivos que levaram às autoridades a monitorar a advogada e sua família. Entre eles, estão mesadas de de R$ 250 mil e compras em lojas de grife sem nota fiscal.
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De acordo com o relatório da COAF inserido na Operação Integration, conforme noticiado pelo EXTRA, a investigação da Polícia Civil de Pernambuco só começou após um deslize de Dayanne Bezerra, a irmã caçula de Deolane. Em novembro de 2023, ela tentou sacar R$ 2 milhões, em espécie, para comprar um imóvel em São Paulo. Na época, ela alegou que a negociação teria de ser feita em dinheiro vivo porque o proprietário da casa só aceitava vender em espécie.
A reserva para o saque surpreendeu o Conselho de Controle de Atividades Finanças (Coaf), órgão ligado ao Banco Central que apura movimentações suspeitas de lavagem de dinheiro. Sendo assim, foi emitido um alerta para a Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), da Polícia Civil, no dia 24 de novembro de 2023, já que a quantia não era compatível com os rendimentos declarados de Dayanne, de R$ 21 mil mensais.
Além disso, inúmeros depósitos arredondados nas contas da mãe delas, Solange Bezerra, e dos filhos de Deolane, acenderam mais um alerta para a polícia. Isso porque a Operação Integration investiga lavagem de dinheiro e jogos de aposta ilegais.
“Atualmente movimentando valores acima de sua capacidade financeira, com alta fragmentação nas contrapartes e rápida evasão de recursos, além de valores frequentemente arredondados na unidade de milhar sem justificativa encontrada para tal: R$15.000,00, R$20.000,00, R$10.000,00, etc”, diz o relatório.
As contas da própria Deolane, por sua vez, e de sua empresa, a DEOLANE BEZERRA COMERCIO E SERVIÇOS LTDA, também mantinham o mesmo padrão. A publicação aponta como exemplos, os R$ 250 mil para cada um dos filhos, entre 07/11/2022 e 10/05/2023, bem como R$ 50 mil, que teriam sido gastos numa loja Prada, porém, sem nota fiscal.