Merlin, entidade de licenciamento de música digital, e a plataforma de streaming Deezer renovam a parceria para atualizar o modelo de arrecadação de royalties na execução de músicas de artistas independentes. O formato começou a ser aplicado na França e baseia-se nos fãs consistentes dos artistas.
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Segundo o pronunciamento oficial, o novo modelo de royalties, produzido pela Deezer, inclui um incentivo para os artistas independentes que mantêm um público consolidado e engajado nos streams. A ideia é recompensar os fãs com conteúdos e, ao mesmo tempo, identificar possíveis fraudes.
“Estou muito feliz por ver que a Merlin e os seus membros estão a abraçar o modelo centrado no artista da Deezer e juntam-se a nós na redefinição da remuneração do artista na era do streaming, para garantir que os artistas são pagos de forma mais justa pela sua música”, declara Jeronimo Folgueira, ex-CEO da Deezer.
Já a Merlin, atende aos selos independentes que integram a entidade por meio da remuneração justa pela música. A entidade negocia com as principais plataformas de streaming, como Apple Music, Deezer, SoundCloud e YouTube, assim com outras quarenta aplicações em todo o mundo.
“Trabalhamos com a Deezer para garantir que seu novo modelo funcione para o benefício de nossos membros, representando um caminho a seguir para garantir que a música de alta qualidade e os artistas que a criam sejam reconhecidos e recompensados da maneira que merecem’, afirma Jeremy Sirota, CEO da Merlin.
Modelo de royalties
Somente nos últimos dois anos, o número de faixas catalogadas na plataforma de streaming cresceu de 90 milhões para mais de 200 milhões. A parceria com a Merlin representa um investimento consistente da Deezer neste formato, assim como o apoio da entidade de licenciamento digital.
Segundo a Deezer, conforme pronunciamento de junho de 2023, o novo modelo de pagamento de royalties é centrado nos artistas. O incentivo para profissionais cadastrados, ou seja, é direcionado para aqueles com 1000 streams por mês, vindo de um mínimo de 500 ouvintes na plataforma.
A plataforma aponta que a contribuição de cada fã-usuário para os direitos autorais é contada, independentemente do valor real. Quanto mais streams uma faixa tiver, maior será o valor pago aos produtores, editoras e artistas envolvidos nesta produção.
Os fãs também serão recompensados, com conteúdos, principalmente de hits que tem engajamento ativo deste público. A estratégia de monetização focada no usuário, segundo a Deezer, reduz o impacto econômico do algoritmo, durante a programação.
Ao mesmo tempo, o modelo centrado nos artistas contém um serviço para detecção de fraudes. Além de proteger os direitos autorais, também auxilia a Deezer na receita, removendo o pagamento de conteúdos falsos ou maliciosos.
Com formato de pagamento focado na autoria, a Deezer igualmente está transferindo os conteúdos não-artísticos para uma nova categoria. Nela, conteúdos como sons da natureza e meditações não serão incluídos na distribuição de royalties.