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MC Rebecca exalta ancestralidade negra em clipe com Elza Soares

Entenda o conceito do vídeo de “A Coisa Tá Preta”!
(Foto: Divulgação)

Saiu o clipe de “A Coisa Tá Preta”, parceria da MC Rebecca com a cantora Elza Soares! O clipe começa com a fala “quem não sabe de onde veio / não sabe pra onde vai / sou preta, favelada, abusada e sou linda demais”, na voz de Rebecca.

O conceito do clipe

O argumento do clipe é dela mesma, que assina o roteiro junto com Jonathan Raymundo. A direção ficou a cargo de Felipe Thomaz. Cabe a Jonathan explicar o conceito do vídeo:

“Se pudéssemos inscrever o clipe em um só conceito seria Sankofa. Parte de um conjunto de idiogramas do povo Akan que se localiza nos territórios de Gana e Costa do Marfim (África Ocidental), Sankofa pode ser traduzido como o ato de ‘retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro’. ‘A Coisa tá Preta’ é o exercício de Sankofa. Elza Soares representando a deusa Maa’t de Kemet (Antigo Egito) simboliza a justiça ancestral, o equilíbrio cósmico e nossos ancestrais que vigiam e zelam por nosso futuro”, diz.

MC Rebecca exalta ancestralidade negra em clipe com Elza Soares

(Foto: Divulgação)

MC Rebecca representa a estátua da bailarina Mercedes Baptista, localizada no largo São Francisco da Prainha na Pequena África. Mercedes foi a primeira bailarina negra a pisar no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela também criou o ballet afro-brasileiro, com inspiração nos terreiros de candomblé.

MC Rebecca exalta ancestralidade negra em clipe com Elza Soares

(Foto: Arquivo Pessoal)

“Artista cuja dança e coragem ousou questionar os lugares estabelecidos pelo racismo. As nossas lutas, as nossas vidas e conquistas são oriundas de passos que vieram de longe. Pegadas que nossas crianças seguem e que se refletem na história e presença dos homens e mulheres que ousaram lutar por liberdade e dignidade. O deus em forma de Sol vigia nossa luta. Os mais velhos nos passam a autorização. Ao percebermos essa continuidade, esses valores ancestrais temos o ouro, o brilho que o racismo e a colonização tentar retirar do povo negro retornando sobre nossas cabeças e corpo”, explica Jonathan.

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