Com 6,8 milhões de seguidores no Instagram, MC Pocahontas acaba de dar um passo definitivo em sua carreira. A musa do funk assinou contrato com a gravadora Warner Music, a mesma de outros nomes que vieram de seu seguimento, como Anitta e Ludmilla. Unida à empresa, ela promete alcançar patamares ainda maiores. De forma independente, ela já conseguiu 46 milhões de visualizações em seu mais recente clipe, “Quer Mais”, em apenas dois meses.
MC Pocahontas tem vários sucessos no Youtube. “Oh Quem Voltou” (com Dani Russo e Naiara Azevedo) acumula 97 milhões de acessos; “Perdendo a Linha”, 63 milhões; e “Rainha do Baile” (com MC Gui), 10 milhões.
Ela estourou no início da década com o funk ostentação “Mulher do Poder”. Como começou a trabalhar no auge das “mulheres frutas”, enfrentou muita resistência do mercado. “Sofri preconceito principalmente por parte dos homens. Eu sempre fui muito magrinha. Usava boné, aba reta, tênis e calça nos palcos. Então, no início, estranharam muito. Depois, todo mundo me abraçou, as mulheres e os homens. E isso virou uma característica de funk feminino. Hoje, quando você olha uma menina de tênis e boné aba reta, tem 80% de chance de ser MC”, diz.
Mas a verdade é que, antes de enveredar para esse estilo musical, MC Pocahontas – ou melhor Viviane de Queiróz, seu nome verdadeiro – era roqueira. Ela adorava acompanhar os shows da banda do irmão e até hoje curte o som de Limp Biskit, Slipknot, Korn, Simple Plan, Paramore, entre outros. Contudo, foi o funk que lhe trouxe tudo – até o reconhecimento internacional. Em 2017, o rapper americano Future usou um sample dela na música “Fresh Air” e, de repente, MC Pocahontas viu Kylie Jenner no Snapchat ao som de sua voz.
Na vida pessoal, MC Pocahontas, de 24 anos, também já tem estrada. Ela é divorciada e mãe de uma menina. Já falou abertamente sobre um episódio de depressão e como a música e o palco a ajudaram a superar a doença. O empoderamento feminino é uma das causas que ela levanta. Sabe que é inspiração para muitas meninas. “Quem acompanhou minha história de vida sabe que fui guerreiríssima. Eu represento as mulheres que sofreram relacionamento abusivo, mas que levantaram a cabeça e saíram dessa. Já sofri muito na vida, mas eu permaneço firme, e nessas horas eu vejo que sou uma mulher como todas as outras”, diz.