MC Cabelinho, que está fazendo grande sucesso com o álbum “LITTLE LOVE”, fez uma publicação que causou polêmica na última terã-feira (03) de janeiro. Ele compartilhou uma foto de si próprio em um show fazendo uma posição de arco e flecha, depois colocando uma imagem do Orixá Oxóssi, que costuma ser representado na mesma posição. Isso acabou gerando comentários de intolerância religiosa, já que ele deixou claro que segue alguma religião de origem africana.
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“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará… A verdade é o Senhor Jesus Cristo“, escreveu um. “Curtia seu trabalho, Cabelinho. Mas você serve a demônios e isso foge da nossa realidade. Fica na paz, irmão!“, anunciou outro. “Por acaso algum Orixá morreu por você? Só Jesus salva irmão“, escreveu mais um. Alguns anunciaram que estão deixando de seguir.
Felizmente, um grupo defendeu o posicionamento do artista. “Independente da crença ou escolha religiosa dele pessoal, esse garoto merece tudo o que está acontecendo na vida dele… Ele veio do morro como a maioria aqui, lutou, correu atrás , foi pra cima e não desistiu . Hoje o Cabelinho é um vitorioso e merece sim todo o sucesso do mundo. Eu sou cristão e não critico a escolha religiosa do garoto. Não sigo a escolha dele mas Respeito ! E digo Parabéns MC Cabelinho por tudo que você está vivendo. Você merece“, refletiu um fã.
“Engraçado como a intolerância religiosa conduz pessoas legais a fazerem tipos de comentários desnecessários. Pai Oxossi não é falta de Deus, galera, vamos aprender um pouquinho sobre os princípios e ideais da Umbanda e Candomblé?“, sugeriu mais um.
“Acho que já denunciei uns 30 comentários, intolerância religiosa é crime. Respeita meu axé porque eu respeito sua Bíblia“, defendeu outra fã.
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No final das contas, o próprio MC Cabelinho se pronunciou sobre o assunto. Ele se mostrou sem paciência para lidar com intolerância religiosa.
“Parei pra ver os comentários da minha ultima foto no Instagram na qual eu tô fazendo uma homenagem ao meu pai Oxóssi e simplesmente me deparo com vários comentários preconceituosos, tô com preguiça de gente ignorante que precisa evoluir”, afirmou ele.
No Brasil, a legislação define como crime a prática, indução ou incitação ao preconceito de religião, bem como de raça, cor ou etnia pela Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997. A pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa, de acordo com a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará.