Marília Mendonça saiu em defesa do motoboy Matheus Pires, que foi alvo de ofensas racistas em Valinhos, cidade que fica no interior de São Paulo.
O caso aconteceu em 31 de julho, mas só repercutiu após a mãe do jovem de 19 anos publicar um vídeo nas redes sociais na noite de quinta-feira (06).
As imagens feitas por um morador de um condomínio de luxo em Valinhos mostram um homem branco xingando e humilhando um entregador de aplicativo negro por causa de um atraso na entrega.
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Um boletim de ocorrência para investigar o crime de injúria racial foi aberto na delegacia da cidade. O agressor é o contabilista Mateus Abreu Almeida Prado Couto que até agora não prestou depoimento.
Na rede social, o caso teve ampla repercussão nesta sexta-feira. Em uma das publicações sobre o assunto, o jornalista Reinaldo Gottino tenta justificar a atitude do agressor. “Rapaz tem problemas mentais, informou o delegado que recebeu os laudos médicos”.
Mas a rainha da sofrência não se conformou e condenou a atitude do rapaz.
“Todo racista tem problema mental e de caráter. Não é por isso que ele não tenha que pagar”, respondeu a cantora.
No Twitter, ela também compartilhou uma mensagem de apoio ao jovem.
Veja!
Matheus Pires, VOCÊ É GIGANTE! te mando todas as melhores energias. Deus te abençoe! 🙏🏼
— feliz&chateada (@MariliaMReal) August 7, 2020
Ludmilla se revolta e desabafa em apoio ao motoboy
Quem também usou sua rede social para falar sobre o assunto foi a cantora Ludmilla.
Em publicação no seu Instagram, ela chamou atenção para o racismo explícito na cena e compartilhou uma mensagem de apoio ao profissional agredido.
“E mais uma vez a gente está aqui vendo o racismo atuando. O que você faria se alguém invadisse seu espaço te trabalho apenas para te ofender por causa da cor da sua pele? Matheus não deveria passar por aquilo, assim como nenhum outro preto deveria passar por qualquer ofensa por causa da cor da sua pele”, escreveu a cantora.
Ludmilla disse ainda que continuaria fazendo barulho e chamando atenção para casos como esses. “Não vamos nos calar mais”, desabafou.
“O que esse homem branco viu como desvantagem, a gente sabe que é algo sagrado, carregamos a história dos nossos ancestrais na nossa pele preta com muito orgulho. Fazemos reverência a eles e a nossa história. Nossa pele preta é o manto de reis e rainhas. E incomoda ainda a muita gente branca ver que nós não somos a história que eles querem contar da gente, de pessoas submissas, escravizadas…Somos muito maiores do que isso e vamos nós mesmos contar as nossas histórias!, completou.