A cultura que envolve o movimento hip hop brasileiro emergiu dos subúrbios das grandes capitais e tomou as ruas do país. Mais do que um estilo musical ou de vida, o rap atingiu uma juventude carente de perspectivas através de representatividade. A relevância social do movimento é o tema do documentário “O Rap Pelo Rap 2”, que vai ao ar nos dias 7, 8 e 24 de julho, no Music Box Brazil e na plataforma Box Brazil Play.
Continuação do projeto homônimo, lançado em 2014, pelo cineasta Pedro Fávero, o documentário traz entrevistas de nomes consagrados e da nova geração do rap brasileiro. As participações traçam um panorama da evolução do hip hop nacional, mostrando como a ascensão de novos artistas fomentou o avanço nas pautas e problemáticas abordadas pelo movimento.
“A ideia do filme é apresentar ao público os protagonistas do Rap no Brasil e a partir de suas entrevistas e histórias. Procuramos conhecer melhor o rap e a partir disso o que temos são aulas de pessoas com pensamento crítico e histórias incríveis para contar”, revela Pedro.
O diretor revela que a sua motivação em produzir documentários sobre rap, foi a curiosidade de saber como os rappers pensam, e também a vontade de registrar um momento histórico da cena no Brasil.
“Ainda existe preconceito com o Rap no Brasil, embora nos EUA seja o gênero dominante há anos, o documentário O Rap Pelo Rap 1 e 2 buscam quebrar um pouco essa visão conservadora, através das falas dos próprios rappers, que além de falar sobre rap, falam sobre machismo, racismo e outros temas relevantes”, destaca.
“O Rap Pelo Rap 2” foi gravado em 2019 e conta com depoimentos de Thaíde, Mano Brown, Djonga, Rincon Sapiência, Froid, Nill, Glória Groove, Dj Miria Alves, WC no Beat, MC Soffia, Rico Dalasam, Baco Exu do Blues, Matéria Prima, Nego E, Dryca Ryzzo, Bivolt, Alt Niss, Karol de Souza, DJ Mayra Maldjian, Tássia Reis, Tatiana Bispo, Drik Barbosa, Stefanie, Brisa Flow, Bárbara Sweet, Victor Xamã e Arit.
“Foram 2 anos filmando e 2 anos editando, de forma totalmente independente e colaborativa. Mesmo com essa técnica de guerrilha, sem editais ou patrocínios, conseguimos levar o filme a festivais dentro e para fora do Brasil”, conta Pedro.