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Måneskin responde às acusações de queerbaiting: “É liberdade criativa”

Venda de ingressos para shows do Måneskin no Brasil são adiadas | Foto: Divulgação

Os italianos do Måneskin vêm assumindo os holofotes desde que subiram ao topo do sucesso com o hit “Beggin'”. Ultimamente, inclusive, a banda – além de trazer aos serviços de streaming seu mais novo álbum, “RUSH!”, com direito a casamento e tudo – eles também concederam uma entrevista ao The Guardian, neste fim de semana, para falar sobre a repercussão do mais novo projeto, além de rebater algumas críticas direcionadas ao grupo.

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Embora dois membros do Måneskin, a baixista Victoria de Angelis e o baterista Ethan Torchio, pertençam à comunidade LGBTQIAP+, o vocalista Damiano David e o guitarrista Thomas Raggi são heterossexuais, mas adotam um estilo mais fluido de gênero. No entanto, por conta da grande exposição da banda, eles acabaram recebendo acusações nas redes sociais de queerbaiting, uma prática de apropriação da causa para ter algum retorno financeiro ou de popularidade, sem de fato defender a comunidade.

Durante o papo, Angelis disse: “Há alguns casos em que isso acontece, mas às vezes [as acusações são] tão extremas. É estúpido para as pessoas queer, que deveriam lutar contra esses estereótipos, rotulá-lo como isso e criar mais ódio. O fato de [Raggi e David] serem heterossexuais não significa que eles não possam usar maquiagem ou saltos”.

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David argumenta na entrevista ao jornal britânico: “Tudo o que eu e Thomas fazemos é sempre filtrado por duas pessoas que são [queer]. É claro que não experimentamos as mesmas coisas, mas vivemos todos os dias muito de perto com as pessoas da comunidade”.

Foto: bruno ulivieri / AgNews

O Måneskin também deixou claro que sua exposição representa uma visão moderna do que é o rock ’n’ roll no século XXI.

“Acho que a visão que as pessoas têm de nós, e de mim, é muito fora do alvo”, diz David, acrescentando: “As pessoas pensam que nos comportamos como os Sex Pistols, ou o Mötley Crüe, mas não somos nada disso… Temos mais educação sobre os riscos das drogas e como elas afetam seu corpo. Eu nem bebo mais álcool”.

“Não achamos que o verdadeiro rock seja sobre esses estereótipos de sexo, drogas e estilo de vida rock’n’roll”, acrescentou de Angelis. “É sobre expressão e liberdade criativa.”

Foto: bruno ulivieri / AgNews

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