Conhecida no Brasil pela novela “Rebelde” e pelo grupo RBD, a atriz e cantora mexicana Maite Perroni pode ser vista novamente no país. Ela protagoniza a série da Netflix “Desejo Sombrio”, que estreia mundialmente no dia 15 de julho.
O novo trabalho tem tudo para surpreender o público: é um thriller erótico, no qual ela interpreta a professora Alma, que vive uma aventura extraconjugal com um homem de metade de sua idade. Poderia não passar de uma noite, mas um acontecimento trágico faz com que Alma comece a desconfiar de todos ao seu redor. Quem é inocente? Quem é culpado?
Maite Perroni será vista em cenas quentes. O trailer, divulgado uma semana antes da estreia, adiantou um pouco do que o público pode esperar. Agora com 37 anos e afastada da música, Maite busca novos desafios na atuação – carreira na qual escolheu focar sua atenção.
Veja o trailer de “Desejo Sombrio”:
POPLINE – Como está passando a quarentena?
MAITE PERRONI – Em casa. Com todas as preocupações e os cuidados que esse momento requere. Também estou aproveitando para tornar esse tempo produtivo.
“Desejo Sombrio” foi uma oportunidade para que fizesse algo muito diferente das novelas – um thriller. O que achou?
Eu adoro! Esse é um projeto que gosto muito. Eu desejava viver um desafio assim, trabalhar com a produção de Epigmenio Ibarra, que é a Argos, e fazer uma série para Netflix, como é.. [tenta falar português] Deseo Sombrio. Como se chama em português? Desejo Sombrio! ‘Oscuro Deseo’ em português virou… como se diz? Deseo, deseo?
Desejo Sombrio.
Desejo! Desejo Sombrio! (risos) Estou muito contente por “Desejo Sombrio”, porque estreia na Netflix em 190 países no dia 15 de julho. Estou muito contente, porque é uma produção muito diferente e muito bem feita.
É diferente gravar para televisão e para o streaming?
É diferente, porque se trabalha com uma câmera só. Tem um ritmo, um tempo distinto. Eu fico muito feliz de fazer televisão, de fazer séries, de fazer cinema. São gêneros diferentes, com formatos diferentes, mas no fim das contas têm o mesmo objetivo que é contar uma história que prenda o público.
Já sei que algumas cenas são bastante sensuais. Como foram essas gravações?
Com muito respeito, com muita dedicação, com muito compromisso, obviamente. É um trabalho de equipe tomar as decisões sobre como conduzir essas cenas – de maneira cuidadosa e respeitosa, e ao mesmo tempo com o erotismo necessário para contar essa história. Precisávamos estar confortáveis e sentindo-nos bem. Não são cenas fáceis. São cenas difíceis. É importante que tenha o respeito e o trabalho em equipe.
Qual foi sua reação quando recebeu o roteiro?
Eu fiquei encantada! Quando li, falei “quero fazer isso!”. Eu fiquei encantada por tudo que li desde o primeiro momento, e achei uma ótima oportunidade ter uma personagem assim.
O que te interessou na personagem?
Fiquei interessada em contar a história de Alma. O conflito dessa personagem justamente é que ela é uma mulher muito madura, esclarecida, preparada, inteligente, catedrática sobre os direitos da mulher, e de repente se dá conta que está enrolada em seu próprio discurso. Ela o tempo todo tem um discurso que defende as mulheres, mas quando acontece algo com ela, se vê vulnerável, agindo por instinto e deixando a razão de lado.
Você quer fazer mais séries na Netflix?
Sim, claro! E onde mais surjam oportunidades de fazer projetos, claro.
Em dezembro, você falou em uma entrevista que decidiu se aposentar da carreira de cantora. Como foi a reação do público?
Bem… Os que são mais apegados a mim pela música, obviamente, ficaram tristes, mas depois recebi muito apoio e seus sentimentos. Eles sabem que a música é e sempre será parte de mim. A qualquer momento posso fazer algo e compartilhar com eles. Não é limitar-me com a música. É que às vezes não dá tempo de fazer tudo. Há um ano e meio, quase dois anos, tenho tido muito trabalho. Voltando de uma turnê justamente no Brasil – e também no Peru, na Colômbia, na Argentina, no Chile, na Espanha e na Itália – divulgando minha música, cheguei ao México e logo comecei a produzir o filme “Doblemente Embarazada”, com Koko Stambuk. E entrei também como protagonista da história. Depois emendei “El Juego de las Llaves”, “Oscuro Deseo”, “Herederos Por Acidente” e estreei o filme. Graças aDeus, estou há dois anos sem parar de estar em um set gravando. Era muito complicado dar continuidade ao projeto musical. Por essa razão, decidi dar uma pausa para fazer as coisas direito e me foquei mais na atuação. Não sei… Daqui a um ano, uma semana, dois anos, cinco anos, não sei, posso voltar a compartilhar minha vertente musical com as pessoas que sempre me acompanharam. Será algo lindo para desfrutar juntos. Mas, para agora, eu precisava parar, porque não dava.
Foi uma decisão difícil?
Não. Foi uma decisão muito objetiva e muito honesta. Tive que tomar a decisão muito consciente, muito agradecida de tudo de lindo que a música me proporcionou, e também com a felicidade de desfrutar da paixão que é atuar e ter tantos projetos encaminhados. Que venha! Tenho que tomar decisões e desfrutar dos processos. Estava muito emocionada por tudo que viria, então agradeci por tudo que vivi com a música. Eu me despedi para voltar a vê-la outro dia, mas agora não há tempo.
Você começou a carreira em “Rebelde”, que era uma novela musical. Aceitaria fazer uma novela, série ou até um filme musical?
Sim! Claro! Seria muito divertido. Eu adoro atuar, cantar, dançar, então me encantaria fazer essas três coisas. Seria incrível.
Estreando a série, quais são seus próximos projetos?
Claro! Estreio “Desejo Sombrio” no dia 15 de julho e depois, passando tudo isso, retomo um projeto em outubro: vou começar a gravar a 2ª temporada “El Juego de las Llaves”. Em janeiro, fevereiro e março, tenho também outro projeto. De aqui até maio, tenho trabalho, por isso te digo: não tenho tempo livre (risos). Passado todo o isolamento, vamos retomar a produção de “El Juego de las Llaves” e de tudo que temos planejado.