Vai ter brasileira votando no Grammy Awards! A cantora Mahmundi revelou, pelo Instagram, que foi convidada pela Academia da Gravação para se tornar um dos membros votantes já na próxima edição da premiação. O convite faz parte da busca da Academia por diversidade.
No convite, que Mahmundi expôs no aplicativo, a Academia diz: “estamos encantados de oferecer a você a oportunidade de celebrar e representar os criadores de música ao se tornar membro da Academia da Gravação”. Ela adorou.
“Me sinto grata por estar atuando na indústria neste momento! A Academia do Grammy me convidou para fazer parte do seu time de votação. E a gente sabe o quanto isso é importante na prática, mesmo. Que venham mais mudanças! E que venham mais mulheres, e quem venham todes!”, escreveu Mahmundi.
Mudanças na Academia da Gravação
Segundo a artista, os convites enviados em 2021 são 48% para mulheres, 32% para negros e afro-americanos, 13% para hispânicos ou latinos e 4% para asiáticos ou das ilhas do Pacífico. “Desde que estabeleceu a meta de adicionar 2.500 mulheres membros votantes até 2025, 831 mulheres se juntaram ao quadro de membros votantes da Academia da Gravação, colocando a organização 33% mais perto de atingir esse marco”, destacou a cantora.
Em sua carreira, Mahmundi já concorreu ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa por “Pra Dias Ruins” em 2019. É o álbum que traz a música “Qual É a Sua?”.
Protesto: Artistas recusam indicações do Grammy em categoria só com brancos
No início do ano, a Academia se tornou alvo de mais controvérsias depois que três dos cinco indicados para o Melhor Álbum Infantil recusaram suas nomeações em forma de protesto pelo fato da categoria ter apenas artistas brancos.
A informação é da NPR, que entrou com contato com o cantor Alastair Moock e as bandas Okee Dokee Brothers e Dog on Fleas. Os três artistas se uniram para mandar uma carta à Academia pedindo para que seus nome não fossem incluídos nas cédulas de votação que irão determinariam o vencedor.
“Depois do ano que tivemos, indicar apenas pessoas brancas parece bem errado. É claro que eu adoraria ganhar um Grammy, mas não desse jeito, em que o jogo não tem as mesmas regras para todo mundo”, disse Alastair Moock à matéria da NPR.
Essa e outras reclamações motivam a busca por diversidade na composição da Academia. A expectativa é que essa mudança interna reflita nas listas de indicados e vencedores dos próximos anos.