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Conheça a história de mães que apoiaram seus filhos famosos que são LGBTQIA+

Conheça a história de mães que apoiaram seus filhos famosos que são LGBTQIA+ (Fotos: Divulgação)
Conheça a história de mães que apoiaram seus filhos famosos que são LGBTQIA+ (Fotos: Divulgação)

A conexão entre pais e filhos começa antes mesmo da concepção. Qual mãe não sonha em vestir a filha como uma boneca? Qual pai não sonha em levar o filho para jogar futebol? Tais projeções surgem antes mesmo do nascimento e se estendem pelos primeiros anos de vida. Mas e quando essas expectativas não são correspondidas? Lidar com a sexualidade – a própria e a de outros – sempre é delicado. Sobretudo quando trata-se de filhos não-heterossexuais.

Amor incondicional entre mães e filhos LGBTQIA+ marcam a história de artistas como Pabllo Vittar, Ludmilla, Cazuza e Adam Lambert (Fotos: Divulgação)

O primeiro desafio é entender que nem sempre os filhos corresponderão às projeções feitas por eles. Até porque cada indivíduo tem o livre arbítrio de decidir sobre cada ato de sua vida. Porém, muitos não conseguem lidar com as próprias frustrações e se culpabilizam por algum “erro na criação”, tentam “curá-los” na terapia ou em sessões religiosas, bem como chegam ao ponto de renegá-los por conta do preconceito social.

Ainda há muito a se fazer no combate à discriminação contra a comunidade LGBTQIA+. Contudo, é inegável que o acesso à informação através da grande mídia e os debates nas redes sociais têm influenciado uma notável mudança de paradigma. Encontramos mães e pais que apoiam incondicionalmente seus filhos em sua diversidade. Pois cada indivíduo é único e especial à sua maneira. Por isso o amor e o cuidado são tão importantes.

Mãe coragem

Cazuza foi um dos primeiros artistas brasileiros a falar abertamente sobre sua sexualidade. A relação com sua mãe, Lucinha Araújo, sempre foi muito carinhosa, publicamente falando. Mas quando o cantor tinha 18 anos, a dúvida se fez presente na família e ela o pressionou:

“Vamos dizer que sou bissexual, mas não se meta na minha vida não, porque eu sei levá-la muito bem e estou fazendo a escolha que eu quero”, foi a resposta de Cazuza.

Quando ela entendeu que a vida era dele, a relação familiar tornou-se mais estável. Há 30 anos, dona Lucinha coordena a ONG “Sociedade Viva Cazuza”, que proporciona uma vida melhor à crianças e adolescentes soropositivos através de assistência à saúde, educação e lazer. Contudo, é bonito vê-la falando sobre tantas qualidades do filho: carinhoso, amigo dos velhinhos e, sobretudo, corajoso com assuntos espinhosos de nossa sociedade.

Defensoras de todo mal

Se há alguma dúvida que o amor de uma mãe é o maior do mundo, a história de Silvana Oliveira só ajuda a comprovar a teoria. Há um ano, a mãe de Ludmilla revelou ter sido chantageada por uma ex-vizinha que ameaçava revelar a sexualidade da cantora. Mas, por algum momento, ela preferiu preservar a intimidade da filha. “Se eu fosse até a delegacia eu acabaria expondo a Ludmilla e ela ainda não estava preparada para isso“.

Mas toda a ameaça foi por água abaixo quando Ludmilla foi encorajada a reafirmar seu amor pela dançarina Bruna Gonçalves, com quem se casou em dezembro. E, enfim, dona Silvana pode desabafar.

“Eu tenho print que chegou até mim de uma pessoa lá de Duque de Caxias que estava ameaçando a minha filha de expor a sexualidade dela, pedindo até que pagasse a faculdade dessa pessoa que estava atrasada. Ei, você aí. O que você vai fazer agora com o teu segredinho?”, disse à época.

Orgulho da família

Reconhecidamente uma das artistas brasileiras de maior sucesso na atualidade, Pabllo Vittar é um exemplo de resistência desde a tenra idade. Um dos filhos de dona Solange já mostrava ser diferente aos 3 anos. E teve a sorte de ter uma mãe extremamente zeladora.

“Pabllo quando era criança era alegre, divertida, brincava muito. Eu percebi que ele era diferente com 3 anos. Fui trocar uma roupa dele, mas ele preferiu vestir a roupa da irmã gêmea, Pâmela. A partir daí fiquei atenta pra poder ele ser o que ele é hoje e eu saber lidar”, disse em uma entrevista.

“Sempre confiei, acreditei, dei força. Enfrentamos muitas dificuldades. Só a família que sabe o que nós passamos. Ele sabe o que eu sofri de discriminação, de tudo, mas junto com ele. Nunca o deixei um minuto sozinho. Enfrentei todas as dificuldades, mas nunca o abandonei. É o maior orgulho da minha vida ser mãe dele”, completa dona Solange.

Talento maternal

Sempre que pode, Gloria Groove enfatiza em suas entrevistas a inspiração que recebeu de sua mãe, Gina Garcia. “Minha mãe é mulher, cantora, mãe que me criou sozinha trabalhando com música. Sempre foi minha maior referência artística“, disse certa vez.

“Eu me lembro que ele falou a seguinte frase: ‘Ninguém acredita na Gloria Groove. Eu acredito. E eu vou mostrar pra você onde ela vai chegar. Daniel Garcia é mais um na multidão. A Gloria Groove vai fazer a diferença’. E o que a gente vai dizer? Que é mentira?”, disse dona Gina sobre a determinação do filho.

Gloria e dona Gina lançaram uma música juntas intitulada “Incondicional”, cujo clipe traz imagens de diversos momentos da família, desde a gravidez até os dias atuais.

Testemunho de fé e amor

Astros internacionais também passaram pelas mesmas inseguranças. Um dos integrantes do ‘N SYNC, Lance Bass, falou sobre a dificuldade de esconder sua sexualidade quando fazia parte da boyband. “Eu sabia, no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, que se tivesse saído do armário, as pessoas odiariam o ‘N SYNC e seria o fim das nossas carreiras”, declarou.

Segundo ele, a parte difícil, além de esconder o óbvio dos fãs e da família, foi lidar com comentários maldosos de revistas de fofocas e blogueiros, que impiedosamente lucravam ao explorar a vida particular dos famosos. Entretanto, ao sair do armário, Bass encontrou conforto em sua mãe Diane Bass, que deixou de lado as crenças religiosas para apoiar incondicionalmente o filho.

“Não sei por que, mas mesmo sendo um cristão leal, pessoalmente nunca acreditei que ser gay fosse uma escolha. Eu nunca conheci muitas pessoas gays, mas as pessoas que conheci me deram compaixão, porque eu podia sentir a dor delas de serem rejeitadas e meu coração sempre se afastava delas. … Continuei a amar meu filho, ficar ao lado dele e defendê-lo, mas por vários anos continuei orando incansavelmente por um milagre.

Bem, Lance ainda é gay. No entanto, eu recebi um milagre. … Aprendi a ter amor e compaixão incondicionais por meu filho e outras pessoas na comunidade gay. Não marchei em desfiles nem falei em convenções, mas sinto que Deus me levou a falar sobre o papel da igreja”, concluiu Diane.

Mães sempre sabem?

Em entrevista à Oprah Winfrey, o cantor porto-riquenho Ricky Martin revelou ter pensado em abandonar a carreira por causa de um grande amor que, por fim, não deu certo.

Há quem diga que mães são sensitivas. Durante uma conversa, Nereida Morales perguntou ao filho se ele estava apaixonado. Mediante a afirmativa de Ricky, ela avançou em seus questionamentos e quis saber se o motivador daquela paixão era um homem.

Ao saber que era, demonstrou seu total apoio ao filho e disse: “Eu amo você. Não se preocupe. Me dê um abraço“. Foi a resposta que Ricky (e qualquer filho) precisava.

Adam Lambert passou pela mesma situação com sua mãe, Leila Lambert, quando tinha 18 anos. Já percebendo a sexualidade do filho, ela decide interpelá-lo durante uma viagem de carro.

Podemos conversar sobre namoros? Você tem namorada? Você gostaria de ter uma namorada?“, perguntou. Mediante a negativa, ela insistiu: “Gostaria de ter um namorado?“. E, enfim, veio a resposta afirmativa. Mas na sequência, Adam perguntou porque a mãe não fez esta pergunta cinco anos antes. E a resposta não poderia ter sido mais maternal:

“Eu pedi conselhos em um centro de apoio a LGBTQIA+ em San Diego. Eles me recomendaram que eu esperasse você tocar no assunto comigo”, respondeu Leila, respeitando o tempo do filho.

O Hipermercado BIG prepara série de ações especiais voltadas ao público LGBTQIA+

Neste domingo, 28 de junho, celebra-se o Dia do Orgulho LGBTIQA+. Valorizar a diversidade como fonte de riqueza é algo essencial para a vida das pessoas e também para a vitalidade das organizações e da sociedade.

É por isso que o Hipermercado BIG prepara uma série de ações especiais em parceria com a ONG Mães Pela Diversidade, formada por mães e pais de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais de todo o Brasil, para combater o avanço da homotransfobia e pelos direitos civis de seus filhos.

A primeira delas é a doação e apoio do Hipermercado BIG a um movimento admirável que trabalha para garantir pressão popular em assembleias legislativas e em órgãos internacionais de direitos humanos. Além de colaborar na organização de eventos e mediação de grupos virtuais em que pais e filhos possam conversar sobre sexualidade.

O Hipermercado BIG prepara uma live com os colaboradores, onde a representante da ONG Mães Pela Diversidade falará o que é, quando começou, o propósito e sobre as famílias que já foram ajudadas pela instituição. Além disso, as histórias de vida, dúvidas, conflitos, processos de aceitação e desafios também serão abordadas.

O intuito é a conscientização dos colaboradores. E, claro, haverá espaço para troca de informações. Os colaboradores que não conseguirem assistir ao vivo terão a oportunidade de revê-lo assim que a marca disponibilizá-lo no @hipermercadobig.

Serão publicados vídeos com bate-papo entre mães participantes da ONG. Neles, elas falarão sobre temas como “sair do armário”, “educação” e “como ajudar os filhos a serem felizes”. O foco é mostrar a importância do apoio das mães na luta contra o preconceito. Além disso, o público poderá doar para a ONG através do QR Code do Hipermercado BIG que estará na tela.

Além disso tudo, o Hipermercado BIG prepara uma surpresa especial e convida os leitores a ficarem atentos às novidades que apareceram no @hipermercadobig durante o final de semana.

Por fim, uma live com Tiago Abravanel e sua mãe Cíntia Abravanel, mediada por um representante da ONG Mães Pela Diversidade, abordará temas divertidos com o objetivo de levar informação ao público. O bate-papo acontecerá neste domingo (28/6), às 15h, no Instagram do @hipermercadobig.

Ser Mãe Pela Diversidade é uma atitude BIG