A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) já está investigando a mãe de Larissa Manoela após o recebimento de uma notícia-crime na última terça-feira (22). Silvana Taques foi denunciada por discriminação e preconceito de religião após ter chamado a família do noivo da atriz, André Luiz Frambach, que é espírita kardecista, de “macumbeira”. Caso seja determinada culpada, a pedagoga pode receber uma punição ‘mais severa’ graças à uma lei sancionada por Lula (PT) no início do ano.
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O que diz a lei
Em janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, sancionou a Lei nº 14.532/2023 para equiparar o crime de injuria racial ao crime de racismo. Dessa forma, a definição também protege a liberdade religiosa. Por isso, a nova medida prevê pena de dois a cinco anos para aqueles que tentem obster, impedir ou empregar violência contra manifestações ou práticas religiosas.
Anteriormente, a lei previa uma pena de apenas um a três anos. A mudança foi pensada para punir de forma mais severa aqueles que cometam crimes religiosos. No caso de Silvana Taques, a Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio afirmou em nota que, “a configuração desse ato discriminatório apresenta-se como formas contemporâneas do racismo, que objetiva preservar a incolumidade dos direitos da personalidade, como a essencial dignidade da pessoa humana”.
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Polícia começa a ouvir esta semana envolvidos no inquérito
Ao g1, a delegada Rita Salim, responsável pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), disse que vai começar a ouvir esta semana os envolvidos no inquérito que apura um possível caso de racismo religioso cometido pela mãe de Larissa Manoela. Além de Silvana, os familiares de André Luiz Frambach, noivo da atriz, também devem ser intimados.
“A religião, na grande maioria, foi formada por pessoas negras. Ela transfere o racismo para a religião, mesmo quando se trata de vítima de cor branca. Vamos ouvir todos os envolvidos no caso, entre eles a mãe e o pai da atriz. Também vamos chamar o noivo da Larissa“, completou a delegada.
Silvana Taques e seus advogados não se manifestaram sobre o caso até o fechamento desta publicação.