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Mãe de Douglas Souza condena ataques homofóbicos: “Sempre tem uma piadinha”

Elizângela Salles falou sobre a sexualidade do filho e relembrou as dificuldades durante as Olimpíadas de 2016

(Foto: Reprodução Extra)

A mãe de Douglas Souza, que nos últimos dias tem conquistado o apoio de milhares de brasileiros nas redes sociais, falou sobre sexualidade e ataques já enfrentados pelo filho ao longo da carreira como atleta LGBTQIA+. Ponteiro da seleção de vôlei, ele defenderá o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio.

(Foto: Reprodução Extra)

Ao jornal Extra, Elizângela Salles conta que nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, Douglas foi alvo de críticas e sofreu preconceito mesmo tendo ficado no banco durante as competições.

“Ele não tinha me contado ainda [que era gay], mas sou mãe, já sabia. Quando percebi os ataques e o vi muito tristonho, escrevi para ele, dizendo que era para se jogar, se divertir, pois não sabia se era a primeira e última Olimpíada. Que o fato de ser gay não diminuiria todo o sacrifício que ele fez para estar onde estava e que não fazia a menor diferença para mim. Depois disso, ele abriu um sorrisão”.

A sexualidade de Douglas foi aceita dentro de casa tanto por ela, como pelo pai. “Meu marido também é super aberto. Jamais seria um problema para nós dois. Pelo contrário. Acho que passamos a dar ainda mais apoio“.

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Elizângela relembra que foi uma caminhada longa para proporcionar ao filho todas as oportunidades para seguir na carreira de atleta. Ela chegou a ter três empregos quando Douglas tinha 14 anos e começou a jogar no Pinheiros.

“Como ele costuma dizer, quem vê close, não vê corre. Sei de todos os sacrifícios que fizemos. Inclusive o de ficar longe”.

A correria, de acordo com Elizângela, só aumentou com o tempo. Isso porque é ela quem cuida dos assuntos do filho, mas salientou que a única coisa que realmente a tira do sério é ter que lidar com piadas que envolvem a sexualidade de Douglas.

“A única coisa que me faz sair do sério é ver as pessoas atacarem meu filho por ser gay. Se ele fica no banco ou o time perde, tem sempre um para fazer uma piadinha. Nunca foi fácil para ele. na verdade é duas vezes mais difícil. Ele está entre os 12 que foram convocados. É o único que representa a comunidade LGBT ali. Não é fácil. Então, quando vejo alguém ofendendo eu dou umas xingadas. Douglas não gosta que eu faça isso. Mas sou mãe, né?”, completou.

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