in ,

Lula recebe faixa presidencial de representantes da diversidade brasileira

Falta do ex-Presidente Jair Bolsonaro fez que o protocolo fosse alterado

Foto: PT - Partido dos Trabalhadores

Neste domingo aconteceu a cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva, atual Presidente do Brasil. Havia muita expectativa sobre a simbólica passagem da faixa presidencial. Tradicionalmente, o Presidente anterior passa o artefato de forma simbólica. Não foi o que aconteceu, já que Jair Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos. A solução emocionou, levando ao Congresso Nacional, em Brasília, oito brasileiros que representam a diversidade no nosso país.

Foto: Ricardo Stuckert

Leia Mais:

Assista ao momento:

Essas foram as pessoas que participaram do momento histórico:

  • Francisco, 10 anos, morador de Itaquera
  • Aline Sousa, 33 anos, catadora
  • Cacique Raoni
  • Wesley Rocha, 36 anos, metalúrgico
  • Murilo Jesus, 28 anos, professor
  • Jucimara Santos, cozinheira
  • Ivan Baron, que tem paralisia cerebral
  • Flávio Pereira, 50 anos, artesão

Essa não é a primeira vez que um ex-presidente decide não passar a faixa. Na história, isso aconteceu em 1985, quando João Figueiredo, último presidente da Ditadura Militar, não participou da cerimônia de posse de José Sarney. Na época, ele alegou que passou mal e, de fato, foi operado.

Leia Mais:

O discurso

Lula se emocionou e tocou ao povo quando falou sobre suas perspectivas sobre o passado e futuro de nosso país.

“Boa tarde, povo brasileiro! Minha gratidão a vocês, que enfrentaram a violência política antes, durante e depois da campanha eleitoral. Que ocuparam as redes sociais, e que tomaram as ruas, debaixo de sol e chuva, nem que fosse para conquistar um único e precioso voto. Que tiveram a coragem de vestir a nossa camisa e, ao mesmo tempo, agitar a bandeira do Brasil – quando uma minoria violenta e antidemocrática tentava censurar nossas cores e se apropriar do verde-amarelo, que pertence a todo o povo brasileiro”, afirmou.

Ele continua: “Quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado“.

A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de reatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras. O povo brasileiro rejeita a violência de uma pequena minoria“.