Luísa Sonza prefere usufruir da onda de polêmicas envolvendo seu nome em vez de sucumbir a ela. Em entrevista ao jornal O Globo, a cantora rebateu as críticas ao teor de suas músicas – em geral sobre sexo e requebrado.
“Eu tenho 22 anos, meus hormônios estão à flor da pele, eu me acho uma gostosa. Vocês querem que eu cante sobre o quê? Sobre a Revolução Industrial?”, disse Luísa Sonza.
Quem não gosta que não ouça. Mas ela tem se saído bem com letras como “vem comigo quem aguenta essa porra a noite toda” ou “então desce, esfrego na tua cara”. Luísa Sonza tem mais de 7,3 milhões de ouvintes mensais no Spotify, o que faz dela uma das mulheres mais ouvidas do Brasil atualmente.
Polêmica com clipes
Quando ela materializa isso nos clipes, o resultado é ousado – e às vezes classificado como impróprio para menores de idade pelo YouTube. Foi o caso de “Atenção”, com Pedro Sampaio. Para ela, isso não passa de machismo. Acredita que, se estivesse fazendo as mesmas coreografias e usando os mesmos figurinos no clipe de um homem, não haveria problema.
“O Brasil como um país estruturalmente machista e patriarcal tem uma resistência muito grande ao que as artistas do pop querem falar. Existe um julgamento prévio, muito antes de escutar as músicas. As pessoas não querem ver as mulheres tendo o controle do seu próprio corpo. E as artistas do pop têm controle do corpo, da carreira, do dinheiro, da legião de fãs. Isso demonstra uma grande força e causa um estranhamento absurdo. Aqui, estamos acostumados a ver homens falando barbaridades, mas mulheres, não. É sempre tudo bem quando a mulher está mostrando a bunda em segundo plano num clipe, com os caras cantando sobre ela. Mas, quando a mulher está em primeiro plano, mostrando que pagou aquele clipe com o próprio dinheiro, aí é considerado um absurdo, feio”, opinou.