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Ludmilla canta sucessos em evento de moda beneficente

Veja os vídeos do DeMillus Fashion Show.

Foto: Reprodução / Twitter

Em tempos de pandemia, eventos online ainda são recorrentes e a única saída segura de produzir conteúdo para um grande público. E o mais recente desses eventos foi ao ar nesta quarta-feira (28), em forma de um desfile de lingerie beneficente e contou ainda com apresentação de Ludmilla.

Foto: Reprodução / Twitter

A cantora carioca foi a atração musical do DeMillus Fashion Show, evento de moda aos moldes do clássico Victoria’s Secret Fashion Show. O evento teve ação beneficente, em prol da CUFA e o projeto Mãe da Favela.

Para seu show, Ludmilla escolheu alguns de seus sucessos, como “Rainha da Favela”, “Favela Chegou” e “Deixa de Onda”, que é originalmente uma parceria com Dennis e Xamã.

Confira os trechos e o evento completo, ainda disponível no YouTube:

Ludmilla fala sobre racismo: “Tive que me mutilar para ser aceita”

Ludmila fez um longo desabafo sobre os episódios de racismo que sofreu durante a carreira. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a cantora falou sobre as plásticas que se sentiu obrigada a fazer para se sentir aceita pela sociedade, através de uma visão distorcida que tinha da própria imagem.

“Eu era a MC Beyoncé lá atrás. Tem alguma propaganda com a MC Beyoncé? Não tem! Porque eu não era padrão. Não era aceita. Nenhuma marca queria ser representada pela MC Beyoncé. Por isso, tive que me mutilar, afinar meu nariz, porque queria ser aceita”, contou a estrela carioca.

Foto: Rodolfo Magalhães

>> 5 vezes que Ludmilla foi necessária na luta contra o racismo

Para quem não lembra, antes mesmo de emplacar os hits “Sem Querer” e “Hoje”, lá em 2014, a artista começou a empreitada se apresentando como MC Beyoncé. Durante o papo com o jornal, Lud lamentou a perda de um processo contra a socialite Val Marchiori. Na ocasião, a loira comparou o cabelo da cantora à uma palha de aço durante o Carnaval.

Foi muito triste, ainda mais vindo de uma pessoa que deveria estar ali protegendo os brasileiros, preservando e conservando uma luta que vem de anos. E, talvez, fazendo uma reparação que é histórica, porque o racismo estrutural é histórico. Senti que a gente andou uns anos para trás, porque olha quantas pessoas se sentiram fortes depois da decisão de falar que aquilo é liberdade de expressão. Ela (Val Marchiori) comemorou em vídeos nos stories, tomou champanhe. Outras pessoas se sentem fortes para comparar nossos cabelos com Bombril”, desabafou Lud.

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