O projeto Felicidade Black, promovido pelos irmãos Lucas & Orelha, ganhou mais dois novos episódios. Desta vez, a dupla convidou a filósofa Katiúscia Ribeiro para falar de ancestralidade. O grupo, com ampla programação musical, visa valorizar a cultura e a identidade pretas, propondo discussões e trocas de experiências de vida dos pretos no Brasil. A idealização é dos produtores e hitmakers Umberto Tavares e Jefferson Junior.
Para Katiúscia, o empoderamento do povo negro está em sua própria história. “A música é tão incrível que quando você ouve uma musica ela toca o seu coração. E nós somos seres que pensamos com o coração. E o coração é nossa ancestralidade. E por que temos uma sociedade que demoniza tanto a nossa ancestralidade? Porque sabe que ela é nossa salvação. Na população negra, tudo é vivo. Isso é o que nós somos. A nossa história é sempre contada pelo outro”, diz.
(Foto: Divulgação)
“História é poder. Mas você passa anos estudando a Europa. Tudo é muito branco. A única parte que as pessoas negras aparecem é no lugar de inferiorizarão. Você aparece no chicote, açoite, é morte…”, ressalta.
Em outro episódio, a dupla falou sobre a forma que a sociedade retrata o passado do povo negro. A conversa continuou com a filósofa Katiúscia Ribeiro. em pauta, relacionamentos. “Essa questão do afeto …. meus relacionamentos sempre foram muito doloridos e traumáticos. É uma sistema que tá todo quebrado, é construí para que a gente não se enquadre. É importante entender que isso faz parte de uma construção e é uma proposta política que faz um convite para gente a referência de pessoas e mudar isso. A mulheres negras são cocriadoras. Por isso a África é matriarcal, E nossas mães são as maiores rainhas, porque nos mantiveram vivos”, ressalta. “A gente tem uma responsabilidade. Somos uma geração que conseguiu falar”, conclui ela.