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Lorde fala sobre “Virgin”, gênero e drogas em nova entrevista: “Muita gente vai achar que não sou mais uma boa garota”

A cantora detalhou o novo disco e o período onde ele foi concebido em exclusiva para a Rolling Stone americana
Foto: RollingStone

O novo álbum de Lorde chegará aos tocadores de música em junho. Por conta disso, a cantora vem concedendo uma série de entrevistas sobre o novo projeto e o período que antecedeu o mesmo. Para a Rolling StoneLorde confessou que a produção de “Virgin” e inspiração para as novas canções foram pautadas em momentos difíceis, que envolvem pânico de palco, distúrbio alimentar e drogas.

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Foto: RollingStone

“Muita gente vai achar que eu não sou mais uma boa menina, uma boa mulher. Acabou. Vai acabar para muita gente, e então, para outras pessoas, eu finalmente vou ter chegado. Vou estar onde sempre esperaram que eu estivesse,” disse Lorde à publicação ao falar sobre o conteúdo do novo disco.

“Virgin” chegará aos players no dia 27 de junho. O álbum conta com um novo time de produtores e marca o rompimento da parceria entre LordeJack Antonoff, que assinou os álbuns anteriores. Agora, ela conta com a ajuda de Jim-E Stack, jovem de 33 anos com experiência em música eletrônica e indie pop, e Dan Nigro, famoso pelo trabalho ao lado de Olivia Rodrigo e Chappell Roan.

À Rolling StoneLorde confirmou que a história de “Virgin” começou na noite anterior ao lançamento de “Solar Power”, quando ela enfrentava sérios problemas relacionados a distúrbio alimentar. Na época, ela usou muitos vestidos leves e de cores claras e disse que estava obcecada em parecer magra nesses figurinos:

“Eu me sentia tão faminta e tão fraca. Eu estava na TV naquela manhã e não comi porque queria que minha barriga ficasse pequena no vestido. Era como se algo estivesse sugando minha força vital,” contou.

Foto: RollingStone

Pânico e tratamento com psicodélicos

Além do distúrbio alimentar, outro problemas que perseguiu a cantora ao longo da turnê do “Solar Power” e virou música em “Virgin” foi o seu problema com pânico e especialmente o medo de palco. Para tratar a condição, Lorde confirmou que fez tratamentos alternativos com uso de psicodélicos, como MDMA e psilocibina, entre 2022 e 2024:

“Foi a primeira vez que fiz uma turnê sem medo de palco. Eu tocava ‘Supercut’ e, de repente, era como se um gancho puxasse minhas entranhas e todo mundo na sala estivesse sentindo a mesma coisa, como se houvesse uma grande mudança de pressão no ar. Isso me fez perceber o quanto eu amo e, de certa forma, preciso dessa resposta muito profunda e visceral para realmente sentir a minha música.”

Relação com fãs

Outro ponto importante da entrevista de Lorde para a Rolling Stone foi a relação da artista com os fãs. A cantora confessou que até hoje tem dificuldade para compreender seu potencial. “Tenho uma enorme dificuldade em sentir que sou poderosa,” disse ela.

Lorde, no entanto, reconhece que a relação da fanbase com sua obra e com ela enquanto pessoa é realmente grandiosa e tem o poder de alterar essa realidade:

“Nem todo mundo sabe quem eu sou, mas eu realmente não tenho fãs casuais. Não posso negar que fiz algo que teve um efeito nessas pessoas, porque elas estão ali, na minha frente. Isso fez tudo ter o tamanho certo.”

Gênero

Lorde já havia comentado anteriormente que “Virgin” também irá tratar sobre questões de gênero, embora o disco não seja apenas sobre esse assunto. Para Rolling Stone, ela falou sobre isso e como se sente em relação à sua feminilidade hoje em dia.

“Chappell Roan me perguntou isso. Ela disse: ‘Então, você é não-binária agora?’ E eu respondi: ‘Sou uma mulher, exceto nos dias em que sou um homem.’ Sei que não é uma resposta muito satisfatória, mas tem uma parte de mim que resiste muito a colocar isso em uma caixinha,” disse.

Foto: RollingStone

Ela também falou sobre o fim de seu tratamento anti concepcional, que a impedia de ovular desde os 15 anos. Para ela, o momento foi transformador, mas também de muita oscilação de humor e dor. Lorde confirmou também que foi neste momento que optou pelo uso de DIU, que aparece na capa de “Virgin”:

“Eu não ovulava há 10 anos. E quando ovulei pela primeira vez, não consigo descrever o quão louco foi. Uma das melhores drogas que já experimentei. Senti que, ao parar de tomar o anticoncepcional, cortei algum tipo de cordão entre mim e essa feminilidade regulada. Parece loucura, mas senti que, de repente, eu estava fora do mapa da feminilidade. E acredito totalmente que isso permitiu que as coisas se abrissem.”

Lorde confirmou que ainda se considera uma mulher cis e seus pronomes continuam o mesmo.

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