Lorde lançou uma música nova nesta quarta (21/7) e concedeu uma entrevista para Zane Lowe na Apple Music. Foi a deixa para ela falar sobre sua escolha de ficar offline nas redes sociais – apesar do anseio dos fãs.
“Eu me dei conta de que estava tentando aparecer com um post divertido no Instagram e fazer uma foto que parecesse legal para ganhar certa quantidade de curtidas. Parece óbvio, mas é desonesto. Não sou uma garota que recebe um monte de curtidas. Sou quem eu sou, e tenho que me inclinar para isso. Acho que no último ano [nas redes sociais] eu tinha 21, e ainda gostava das crianças, e então a cultura começou a mudar e eu não sabia se queria mudar com ela”, explica Lorde.
Chegou um momento em que ela não sabia se queria ser uma garota do TikTok fazendo gracinhas ou uma garota do Instagram Stories. “Uma verdadeira encruzilhada”, diz a cantora e compositora, “era tipo ‘você quer continuar sendo uma criança ou quer passar por isso e ser uma espécie de estadista mais velha aos 24 anos?’ É o que eu realmente sinto que sou agora, o que eu amo, mas demorou um pouco. Eu me sentia meio ‘oh não, eu sou uma criança?'”.
(Foto: Divulgação)
E-mails marcam a nova era
Apesar das redes sociais pouco atualizadas, Lorde encontrou sua maneira de manter contato com os fãs. Ela criou uma newsletter e envia e-mails sempre que tem novidades para contar. Isso tem marcado toda sua nova era, “Solar Power”. Ela divulgou a tracklist, a capa e a data de lançamento do álbum, assim como as datas da turnê, por essa newsletter.
Ao tratar da música nova, “Stoned at the Nail Salon”, ela também enviou um e-mail. Ela contou que, ao terminar sua última turnê, em 2018, tudo que ela queria era ir para casa e ficar entediada. Mas, de repente, tudo mudou e apareceram as inseguranças.
(Foto: Newsletter)
“Os primeiros meses foram incríveis – tomava banho de banheira às 10h comendo um pedaço de bolo! O música da minha banda Jimmy e eu saíamos para almoços longos às segundas e bebíamos vinho. Mas, eventualmente, claro, apareceu a insegurança de que essa era minha vida agora e que eu não era uma titã da indústria, mas alguém que apenas cozinhava, levava o cachorro para passear e fazia jardinagem. Eu estava começando a sair do ritmo culturalmente, não estava familiarizada com as mudanças pela primeira vez na vida, e podia sentir a próxima geração de adolescentes começando a aparecer. Eu senti que iriam comer meu almoço, por assim dizer. Eu estava nas colinas?!! Essa música nasceu dessa sentimento. Eu tinha certeza de que estava construindo uma bela vida para mim, mas não tinha certeza se ela iria satisfazer a mesma pessoa sedenta e destemida que poderia destruir o palco de um festival ou estar em sete países em sete dias”, desabafou.
