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Lollapalooza Pride: artistas com público majoritariamente LGBTQIA+ dominam o line-up

Transformações do festival alternativo acompanham os avanços da cultura e da nossa sociedade

Billie Eilish, Lil Nas X e Rosalía são alguns dos headliners do festival; Ludmilla também se apresenta. Fotos: Instagram/@billieeilish; @ludmilla; @lilnasx; @rosalia.vt

Os próximos dias 24, 25 e 26 de março serão um verdadeiro triunfo para os fãs LGBTQIA+ de música pop e alternativa… O Lollapalooza Brasil, festival cada vez mais diverso não somente em gêneros musicais mas em culturas e todo tipo de gente, trará em sua 10ª edição um leque um tanto abrangente de artistas que são adorados pela comunidade multicolorida. Empoderem-se de representatividade, preparem as bandeiras de arco-íris e estejam com as letras das músicas na ponta da língua porque um Lollapalooza pra lá de diverso e orgulhoso está vindo aí!

Foto: Morgan Hancock/Getty Images (uso autorizado POPline)

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Em 2023, o Lolla conta com um elenco de artistas que imprimem uma diversidade jamais vista na programação. Isso significa que em todos os três dias boa parte do line-up tem conexão direta com a comunidade LGBTQIA+.

Não é preciso muito esforço para listar as atrações que tem fã base formada por este público. Independentemente do artista fazer parte ou não de alguma letra da sigla, suas atitudes na música e em seu lifestyle te colocam como grandes aliados. Sem contar que se sentem confortáveis quando uma bandeira do arco-íris é lançada ao palco.

Artistas como Billie Eilish, Lil Nas X, Rosalía, Kali Uchis, Conan Gray, Anavitória, Ludmilla, Tove Lo e vários outros cantam sobre relacionamentos e amores muitas das vezes livres de pronomes e através de uma narrativa que permite uma identificação para todos os tipos de afeto.

Muitos deles narram também sobre questões como autoconhecimento, desilusões amorosas, amizade, relação com os pais, que muitas das vezes para quem é queer têm uma tônica diferente comparado àqueles que estão de fora da comunidade, no sentido de como os processos se apresentam e se desdobram. Isso gera, novamente, uma identificação, uma sensação de pertencimento que é imprescindível, e não à toa esses artistas são acompanhados por uma legião de fãs LGBTQIA+ no Brasil.

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Com essa programação, o Lolla será o grande festival da diversidade no Brasil? Para além das mais de 100 mil pessoas esperadas por dia no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o evento é transmitido em rede nacional e tem um canhão de mídia amplificado por dezenas de marcas de várias formas.

O poder de influência do festival – em especial para os jovens brasileiros – é tão grande que na edição do ano passado teve influência direta às eleições presidenciais, a ponto do ex-Presidente Jair Bolsonaro tentar censurar os artistas no festival. Nomes como Emicida, Jão, Pabllo Vittar e Gloria Groove se posicionaram durante suas apresentações.

Dessa forma, não é de se entranhar que a edição desse ano do mega evento tenha um ‘quê’ de celebração por parte da comunidade LGBTQIA+ que transitará entre um palco e outro. Isso porque enquanto na edição passada fora iniciado um movimento pela mudança de nossos representantes e suas convicções, ainda na incerteza do que viria pela frente, a edição de 2023 é a primeira dentro de um governo que dá voz a essas pessoas e que valida e prioriza suas causas, lutas e, sobretudo, seus direitos.