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Live Extraordinária: POPline debate declarações homofóbicas e sorofobicas do DaBaby

Thais Renovatto e Carlos Tufvesson são os convidados do portal

Homofobia
Foto: Rich Fury/Getty Images

As falas do rapper DaBaby durante um show no Rolling Loud, em Miami, no último domingo (25), estão repercutindo até o momento. O rapper, que é próximo a cultura pop por colaborações com Dua Lipa e Anitta, proferiu um discurso homofóbico e sorofóbico enquanto estava no palco. Desde então, o artista perdeu contratos com grandes marcas e viu suas parcerias de trabalho se posicionarem contra suas ideias ultrapassadas.

O episódio lamentável será tema de uma live extraordinária no Instagram do POPline nesta quarta-feira, às 21. O portal convidou Thais Renovatto, Carlos Tufvesson e Leandro Buenno para uma conversa sobre homofobia e sorofobia, nome dado ao preconceito contra pessoas que vivem com o HIV.

Conheça os convidados:

Thais Renovatto, 38 anos, é formada em publicidade e propaganda pela UNIP, em Marketing pelo IBTA, em Marketing Digital pela SP Digital School e pós graduada em Gestão de Negócios pela ESPM. Ela é uma pessoa HIV+, casada, mãe de dois filhos. Renovatto é também palestrante e autora do livro “5 anos Comigo”, em que relata sua trajetória em busca de uma a sociedade mais acolhedora e livre de estigmas.

Carlos Tufvesson é coordenador executivo da Diversidade Sexual do Rio, pós-graduado em Design de Moda pela Dumus Academy e atuante na causa LGBTQI+ há mais de 25 anos. O estilista tem uma longa jornada na luta por direitos de pessoas que vivem com HIV e esteve à frente do CEDS Rio desde a sua criação, em 2011. Ele foi presidente da Comissão de DST/AIDS do Conselho Municipal de Saúde, responsável pela elaboração do Programa Rio Sem Preconceito e pela formulação do Projeto Damas, que capacita pessoas trans e travestis. Tufvesson é reconhecido com as medalhas Tiradentes e Pedro Ernesto e com o Troféu Xica Manicongo de Direitos Humanos.

Leandro Buenno começou a sua carreira aos 12 anos e passou por vários programas na televisão, como o The Voice Brasil, em 2014, onde foi semifinalista no time de Claudia Leitte. Na última sexta-feira, o cantor lançou o single “Hoje eu sonhei com nosso amor“, carro-chefe do seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “MUNDO+” (Mundo Positivo). As letras do projeto agregam histórias de amor, superação e positividade da perspectiva de uma pessoa que vive com HIV. O artista descobriu que vivia com HIV em 2017, em uma testagem de rotina, mas foi em 2020 que resolveu tornar o assunto público, colocando o tema no contexto do seu dia a dia e compartilhando a sua vivência.

O caso de discriminação de DaBaby

Durante um show no Rolling Loud Festival, em Miami, no domingo (25/7), DaBaby disparou: “se você não apareceu hoje com HIV, AIDS ou qualquer uma dessas doenças sexualmente transmissíveis, ligue a lanterna do seu celular. Rapazes, se vocês não estão chupando um pau no estacionamento, liguem a lanterna do seu celular”.

sapato na cara
Foto: Rich Fury/Getty Images

Em seguida, DaBaby apareceu no Instagram para se explicar. Disse que sua performance no show foi distorcida e avaliada fora de contexto em um vídeo de seis segundos. Mas voltou a fazer um discurso discriminador.

“Mesmo meus fãs gays, eles não têm a porr* da AIDS, seus idiotas. Eles não têm AIDS. Meus fãs gays se cuidam. Eles evitam isso. Não são gays nojentos. Não são viciados. Meus fãs gays têm classe. Eles não são babacas em um estacionamento. Você tem que pegar um quarto. Um bom, em um hotel cinco estrelas. Até meus fãs gays têm padrões”, disparou.