Nesta sexta-feira (11), Linn da Quebrada falou sobre todo o seu processo de internação e cuidados com a saúde mental. Em uma transmissão ao vivo realizada em seu perfil do Instagram, a cantora relembrou sobre a fase que esteve em uma clínica de reabilitação. A ex-BBB desabafou sobre a depressão e contou que tem aprendido muito com todos os desafios recentes.
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Cerca de cinco meses desde o anúncio da internação, Linn desabafou que não sentia mais motivação para realizar suas atividades, mesmo que não deixando de fazer. “Eu ficava o dia todo na cama, muitos pensamentos intrusivos. Eu tenho uma mente muito acelerada e sou muito racional. Meus pensamentos não estavam saudáveis“, comentou.
A ex-BBB, então, revelou que tentou lidar com os seus problemas apenas com um isolamento. “Meu cormportamento estava ficando mais doente, mesmo. Onde as minhas relações foram atravessadas. Quando a gente adoece, as pessoas ao nosso redor vão adoecendo também. E foi tão difícil aceitar isso“, desabafou.
“[…] Eu estava sentindo um grande vazio, mesmo fazendo as coisas que eu gosto, e trabalhando. […] Enquanto eu estava sendo a Linn da Quebrada me trazia um alivo. Mas quando eu era apenas a Lina Perereia, eu estava desnutrida. […] Eu achava que era momentâneo, que ia passar. Eu já não aceitava convites, não saía para nada…”, adicionou.
Linn não aceitou a ideia de se internar
A partir disso, Linn contou que as pessoas mais próximas a incentivaram em avaliar uma internação para cuidar da sua depressão. “Quando eu fui internada, foi por intervenção de pessoas que me amam muito e que se importam comigo. Elas me proporam a internação. Eu digo que eu não aceitei, eu relutei muito por isso“, detalhou.
A principal questão da artista era interromper sua vida, além de sentir vergonha de expor sua situação para o público. “Primeiro, pensando: ‘eu vou parar minha vida?’. Um sentimento de vergonha muito grande, de culpa por ter me deixado chegar nessa situação“, pontuou.
“Tudo o que a gente passa na vida, tem que passar por ele. […] A gente tem que viver, dar o primeiro passo, encarar o problema. Muitas vezes, eu estava tentando fugir do meu problema, fugir de mim. Só admitindo que eu estava perdida, era que eu poderia me reencontrar”, disse ela.
Em seguida, Linn desabafou e disse que teve medo de se relacionar, seja com os outros, como também com ela mesma. A artista, então, relembrou que chegou a pensar que os diagnósticos, como a depressão e a ansiedade, a definiam. “A internação foi um período em que eu pude, no dia a dia, ser apenas a Lina Pereira, para que ela pudesse aprender um modo de viver saudável”, ponderou.
Agora, a cantora aponta que se encontrou em um novo momento da sua vida, uma vez que vivia sempre relações muito nocivas por achar que era a forma como ela sabia amar. “Eu me dei pouco valor, sem me proteger ou me preservar. Era um modo viver doentio de ver aquilo que eu sentia, as minhas emoções. Era irracional, repetitivo, com vícios de comportamento que não me faziam bem”, desabafou.
“Eu tinha questões à medicação e ser medicada, mas por quê não vou fazer algo que vai me deixar saudável? […] Agora, estou em um momento de ressocialização com o mundo e comigo mesma. […] Por muito tempo, eu vivi abraçando o caos e hoje, saber que eu não estou sozinha, é essencial”, finalizou.