A partir desta terça-feira (14), Liniker passa a integrar o quadro de acadêmicos da Academia Brasileira de Cultura ao lado de nomes como Zeca Pagodinho, Margareth Menezes, Alcione, entre outros. A cantora tornou-se imortal pela instituição e ocupa agora a cadeira de número 51, que antes era de Elza Soares. A cerimônia acontece no Rio de Janeiro.
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Nas redes sociais, Liniker oficializou o mérito publicamente através de um texto profundo, em que revela: “Nunca achei que seria possível ser considerada assim”. A cantora é uma nome expoente na música brasileira atual, com conquistas grandiosas como o Grammy Latino de 2022. Ela venceu a categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com “Indigo Borboleta Anil“, tornando-se a primeira mulher trans homenageada.
Leia o texto na íntegra:
“Liniker de Barros Ferreira Campos, brasileira cantora, compositora, atriz, artista visual, empresária, produtora, 28 anos
IMORTAL pela Academia Brasileira de Cultura.
Eu ainda nem sei o que falar com tamanha honraria que recebo. Assumir esse lugar, a cadeira 51, que foi de Elza Soares nossa eterna voz, no Brasil em que vivemos, com os recortes que perpassam meu corpo, é surreal e gigantesco. Nunca achei que seria possível ser considerada assim, por não imaginar mesmo, por ser distante.
No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira.
A minha família, meus amigos, meus amores, meus fãs, a academia brasileira de cultura e toda a minha ancestralidade, obrigada.
Isso não é apenas um post numa rede social.
Aqui vemos a história sendo escrita junto a um mar de novas possibilidades que se abrem para tantas pessoas no Brasil. Nós estamos aqui e nós existimos”.