Entre 1999 e 2007, o “Linha Direta” fez grande sucesso na Globo. Sob o comando de Marcelo Rezende e Domingos Meirelles, o programa de investigação retratava casos sem solução, crimes famosos e até ajudou a localizar centenas de foragidos da Justiça durante os oito anos que esteve no ar. Agora, foi revelado que a emissora pretende retornar com a atração.
De acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, projeto é desenhado em sigilo no núcleo comandado por Mariano Boni, diretor de gênero da Globo. Ao que tudo indica, a equipe do programa ainda está sendo montada e o apresentador não foi definido.
O “Linha Direta” passava todas às quintas-feiras, às 21h50, na Globo. O programa apresentava casos que abalaram o Brasil, como a morte da socialite brasileira Ângela Diniz em 1976. Ela foi assassinada em uma casa na Praia dos Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, pelo seu companheiro, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street.
O julgamento foi amplamente divulgado pela mídia e teve como foco a moral sexual feminina, afinal, estamos falando da década de 1970. Na época, a decisão judicial que condenou Doca Street a apenas dois anos de prisão movimentou o protesto feminista sobre o lema “quem ama não mata”. A Justiça, por sua vez, voltou atrás e sentenciou o assassino a quinze anos de prisão.
Vale dizer que a volta do programa em 2022 com certeza provocará questionamentos sobre a impunidade no Brasil, principalmente porque hoje nós temos a internet e a propagação dos casos certamente será muito maior.
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