Lily Allen lança no dia 20 de setembro uma biografia batizada de “My Thought Exactly” (em português, “meus pensamentos exatamente”) e uma parte do livro foi divulgada recentemente em entrevista para o The Guardian. Lily diz ter sido assediada por um importante executivo de gravadora.
Para o site, Lily disse que gostaria de ter revelado o nome do empresário no livro, mas a editora a aconselhou a não fazê-lo por “razões legais”. A cantora disse que depois de beber bastante em uma festa, foi levada pelo homem para o quarto de hotel dele para que ela pudesse dormir, mas “eu acordei às 5 horas da manhã porque eu podia sentir alguém próximo a mim pressionando seu corpo nu contra minhas costas. Eu também estava nua… Eu podia sentir alguém tentando colocar seu pênis em minha vagina e batendo em minha bunda como se eu estivesse em um clube de stripper. Eu me afastei o mais rápido possível, pulei da cama, encontrei minhas roupas no chão e corri do quarto dele para o meu”.
Ainda na entrevista, Lily disse que se culpou pelo assédio porque ela havia bebido. Revelou ter se sentido frustrada por não ter confrontado o homem ou denunciado o comportamento dele e continuou a trabalhar com o empresário. Lily desabafou ter se sentido “silenciada porque ele tinha mais poder e dinheiro” que ela e ela “tinha medo de ser rotulada de ‘histérica’ e uma ‘uma mulher difícil'”. “‘Qual o crime? Um executivo da indústria não me estuprou. Eu deveria tê-lo denunciado pela tentativa? A resposta é sim”, comentou.
“Eu esperei que ele não tirasse proveito da minha fraqueza. Me senti traída. Me senti envergonhada. Me senti com raiva. Me senti confusa”, declarou. A cantora revelou também que chegou uma vez a declinar um convite da BBC Radio 1 porque o sujeito estaria presente e que talvez, por isso, a rádio tenha dificultado a divulgação do single “Trigger Bang”.
Lily Allen, que tem duas filhas, encerrou o papo dizendo que espera que a próxima geração não aceite este “tipo de comportamento predatório”. “Vamos tentar e ensinar as nossas filhas a serem fortes e mais resilientes, mais do que serem agradecidas, mais insistentes em serem levadas a sério e falar ‘nãos’ mais altos”.