Chamado extraoficialmente de “LG5”, o quinto álbum de estúdio da Lady Gaga (pop!) já foi eleito pela Billboard como um dos mais esperados de 2016. Recentemente, infelizmente, Elton John, um dos colaboradores da cantora, contou que é possível que o lançamento seja adiado para o início de 2017. Gaga, por enquanto, não confirma nem desmente – deixando os fãs em polvorosa. Na última vez que falou sobre data, ela se limitou a isso: “vou lançar um álbum esse ano, mas não direi quando”.
O processo criativo vem acontecendo desde a turnê “artRave” (2014) – nem sempre como uma prioridade. Neste período, Lady Gaga lançou o álbum de jazz com Tonny Bennett, o que lhe valeu mais um Grammy, fez uma turnê com ele e gravou “American Horror Story”, o que lhe rendeu um Globo de Ouro. Ela disse que 2016 seria todo dedicado à produção do “LG5”, mas a verdade é que ela vai gravar a próxima temporada de “AHS” e corre o risco da sequência do “Cheek to Cheek” sair antes do disco pop. Tony Bennett tem dado dicas de que o lançamento do trabalho jazz ocorrerá antes do esperado.
De qualquer forma, Gaga já tem músicas suficientes para fechar uma tracklist. Só com RedOne, que ela chamou de volta para o estúdio após o baixo desempenho comercial do “ARTPOP” (2013), a cantora criou oito músicas inéditas. Uma delas estava reservada para ser single, mas ela desistiu da ideia. “Quatro das músicas [que fizemos] têm temas muito potentes, e uma é digna de Grammy, muito especial”, adianta o produtor, “Ela está buscando a direção exata do disco. Eu não gostei do ‘ARTPOP’. Eu o respeito como arte, porque ela fez o que vinha de dentro dela, mas não é o que nós fazíamos juntos”. RedOne, para quem não sabe, está por trás de hits como “Poker Face”, “Bad Romance” e “Judas”.
Ao contrário do que possa se esperar, “American Horror Story” não atrasou a produção do álbum. Gaga diz que a série a inspirou a fazer algo novo. “Quando eu não estava trabalhando na série eu era verdadeiramente miserável porque eu não tinha um lugar seguro para libertar qualquer um dos meus vícios. Agora eu tenho um lugar seguro para os meus vícios, então quando eu estou fazendo música eu tenho muito mais clareza. Tenho um pouco menos de um instinto para ser imprudente com a minha música, porque agora eu sou imprudente em outros lugares. Então agora eu estou pensando mais sobre o que é que eu quero dizer e o que eu quero deixar na Terra. É menos uma expressão de toda a minha dor. Haverá um pouco da minha dor no álbum, com certeza, mas será mais do que isso. Meu último álbum estava cheio de uma tonelada de dor. Aquele álbum inteiro. É quase como se você não poderia mesmo chegar ao que é. Agora, a série me dá uma saída para colocar as coisas em algum lugar, então quando eu chegar até o piano eu já estou em um lugar mais profundo. Eu tenho algo completamente diferente para explorar”, ela declarou no início do ano, à revista V.
Nos últimos meses, Lady Gaga tem desenvolvido parte do material novo com o produtor Mark Ronson (de “Uptown Funk!”). Eles registraram uma música chamada “Sire”. “Ela é uma musicista nata. Ama sentar ao piano e dar direções ao baterista. Ela possui uma grande voz”, diz. Entre os outros colaboradores do disco, estão também Nile Rodgers, Tame Impala, Diane Warren, Giorgio Moroder, Diplo, DJ White Shadow e Fernando Garibay. Com Elton, há uma música registrada com o título “Room In My Heart”. Segundo ele, as novas canções têm uma sonoridade mais próxima ao início da carreira da popstar. Ele já ouviu parte do material e diz que faz lembrar “You & I” e “Bad Romance”: “o que ouvi está fabuloso”.
– Estou trabalhando todos os dias no meu álbum novo. Prometo que vai valer a pena a espera. Tenho escrito desde o dia que a ‘artRave’ terminou. Vocês vão ouvi-las assim que estiverem prontas. – Gaga disse há três meses, em entrevistas para promover “Til It Happens To You” nas rádios americanas.
O que você espera ouvir no “LG5”?
