A cantora Leona Lewis, do sucesso mundial “Bleeding Love”, revelou que foi humilhada pelo designer de moda Michael Costello. O caso aconteceu em 2014, nos bastidores de um desfile beneficente em Nova York. Michael Costello deveria vesti-la e não quis adaptar o vestido, que era de amostragem, para o corpo dela.
“Isso foi uma surpresa total, porque semanas antes me disseram que eles fariam o vestido ficar bom em mim. Na segunda prova de roupa, na noite anterior ao evento, sem nenhuma explicação, Michael se recusou a aparecer. Ele não queria mais me vestir e abandonou seus compromissos comigo e com o evento, o que me deixou bem ciente de que eu não era seu tipo de corpo exigido. Fiquei muito envergonhada e profundamente magoada. Por não ter tamanho de modelo, não tive permissão para andar com o vestido dele”, escreveu Leona.
O que aconteceu? Leona Lewis teve que ficar sentada na plateia, em vez de desfilar. Ela teve que inventar desculpas para a imprensa, para que o caso não tomasse uma proporção maior. “Estava muito humilhada. Sinto que fizeram parecer que eu desisti e que eu estava sendo difícil. Sofri muito, tanto pessoal quanto profissionalmente”, lembrou a cantora.
“O mais doloroso é que era para arrecadar dinheiro para caridade, e isso ia contra o que estávamos tentando fazer. Fiquei com profundas inseguranças depois disso e tive que trabalhar duro ao longo dos anos para amar meu corpo. Fico orgulhosa de como as curvas são celebradas hoje, mas naquela época era uma história diferente. Dificilmente havia qualquer representação para mulheres que não eram de um tamanho pequeno padrão”, escreveu.
Entenda o contexto
Leona Lewis decidiu se abrir publicamente, sete anos após o ocorrido, porque Michael Costello acusou a apresentadora Chrissy Teigen de bullying nesta semana. Segundo Michael, ela tentou colocá-lo em uma “lista de proibidos” na comunidade fashion. Leona, então, quis mostrar o outro lado da história.
“Todos nós cometemos erros, eu sei que eu cometi, mas neste momento sinto que, quando as pessoas se desculpam (Chrissy) e mostram remorso sincero, devemos abraçá-las e não tentar chutá-las quando estão para baixo. Não estou descartando a experiência de Michael, pois é uma coisa horrível de se passar e desejo a ele muito amor e cura. Tenho certeza de que isso será um choque, pois nunca disse a ele como me senti. (…) O bullying vem em muitas formas diferentes. Precisamos de amor, precisamos de responsabilidade, precisamos de perdão. Nenhum de nós é perfeito”, contou