A atriz e roteirista da série “Girls” Lena Dunham não é do tipo que se cala quando o assunto são problemas sociais e políticos envolvendo feminismo. Com a batalha judicial da Kesha em evidência, ela escreveu uma carta aberta se posicionando contra a Sony Music, que não tomou nenhuma atitude contra Dr. Luke, apesar da forte acusação de abuso sexual (não comprovada). “Sony poderia ter resolvido. Ao invés disso, a empresa optou por se envolver em uma longa batalha legal para proteger o interesse de Luke no futuro da Kesha”, escreveu. “Embora a empresa insista que Kesha e Luke não precisem nunca estar no mesmo cômodo juntos e que ele a permitirá gravar sem seu envolvimento direto, eles estão minimizando o fato de que o envolvimento dele na carreira dela afeta seu bem estar físico e sua segurança psicológica”.
Em seguida, Lena se dirige diretamente à gravadora, pedindo que os executivos imaginem como seria se alguém os ferisse de verdade, fisicamente e emocionalmente. Ela usa a metáfora de uma casa. “Se te assustassem e abusassem de você, ameaçassem sua família. O juiz diz que vocês não têm que vê-lo de novo, MAS ele ainda é dono da sua casa. Então, ele pode decidir quando faz calor dentro e fora, ele paga as contas de telefone e conserta o telhado quando precisa. Depois de tudo que passou, você se sente seguro naquela casa? Vai confiar nele para te proteger?”, questionou a atriz, que é amiga da cantora Taylor Swift, doadora de US$ 250 mil para ajudar Kesha nesta fase difícil, sem rendimentos.
Comovida com o movimento #FreeKesha, Lena Dunham diz que o clamor público pelo caso da cantora é encorajador, com o apoio dos fãs e da classe artístico. Neste ponto, ela enxerga um avanço e ressalta que, há pouco tempo, as mulheres se sentiam presas em coleiras, o que as impediam de aparecer em público e apoiar umas as outras. “Esses dias passaram. Passaram demais”, concluiu.