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Lançamento de “ANTI” exclusivo no Tidal prejudicaria (muito) desempenho comercial da Rihanna, afirma Billboard


Quando o assunto é “ANTI”, o oitavo álbum da Rihanna, a maioria das informações são extra-oficiais, visto que ela e sua equipe estão fazendo um baita mistério quanto ao lançamento. Mas as notícias de que o disco será disponibilizado no Tidal, serviço pago de streaming, na sexta (27/11), ganham cada vez mais força. Por conta disso, a Billboard publicou uma reportagem estudando o cenário dessa possibilidade e chegando a uma conclusão simples: isso prejudicaria muito o desempenho comercial do álbum.

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O Tidal tem uma base de um milhão de assinantes, incapaz de registrar um número de streamings considerável. Como as notícias dizem que “ANTI” só seria colocado à venda uma semana depois, a plataforma do Jay Z seria a única fonte de números para a Nielsen, responsável por contabilizar dados para as paradas da Billboard. Quando Rihanna lançou “American Oxygen” exclusivamente no Tidal, em abril, registrou 142 mil streamings nos Estados Unidos na primeira semana. Na segunda semana, quando a música podia ser ouvida em outros serviços, os streaming no Tidal caíram para 71 mil, mas “American Oxygen” chegou a mais de um milhão no mercado americano. 96,7% vieram do Spotify e do Youtube.

Quando Madonna usou o Tidal para o lançamento exclusivo do clipe de “Bitch I’m Madonna”, em junho, ocorreu algo parecido. Por um dia, o vídeo só podia ser encontrado na plataforma. Mas, no fim da semana, 98% dos streamings da música eram do Spotify e do Youtube, com 91% sendo do Youtube, por causa do clipe. Isso se deve ao fato óbvio de que o Tidal só possui assinantes pagos, enquanto o Spotify e o Youtube permitem acesso gratuito ao seu conteúdo. Além disso, o Spotify tem 75 milhões de usuários ativos (e 20 mil assinantes), e o Youtube registra mais de um bilhão de usuários mensais. “ANTI” no Tidal, então, só beneficiaria o próprio Tidal, como forma de atrair mais assinantes pagos.

Rihanna, no entanto, tem aquele contrato de US$ 25 milhões com a Samsung. O desempenho comercial do disco, de certa forma, não é um problema, se ela já assegurou esse montante. A cantora, além do mais, tem interesse próprio em “fazer o Tidal acontecer”, porque é uma das sócias minoritárias, ao lado de artistas como Nicki Minaj, Beyoncé e Madonna.

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A questão é: o que a Samsung ganha? O nome da marca está aparecendo em todos os comerciais do álbum “ANTI”, é verdade. Rihanna também segura um dos celulares da empresa nos teasers, e os fãs da cantora nunca repetiram tanto o nome da marca. Mas será que ficará só nisso? Especulações com menos força apontam a disponibilização do “ANTI” para os clientes dos celulares Galaxy. Nada confirmado, claro, assim como toda a questão do Tidal.