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“Encontrei na música uma forma de me libertar”, afirma Karol Conká

Foto: Twitter (@GloboNews)

Nesta segunda-feira (16), a rapper Karol Conká participou do primeiro dia do Festival #ConverseComOutrasIdeias, promovido pela GloboNews. Ao lado da drag queen Rita von Huty, a artista falou sobre temas como liberdade de expressão, discurso de ódio na internet e racismo estrutural. “Eu tenho o direito de pensar o que eu quiser, mas eu não tenho o direito de falar o que eu quero, porque a partir do momento que essa fala acaba atacando, ou atingindo outra pessoa, ela já não é mais uma liberdade de expressão“, pontuou Karol logo no início da conversa.

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Muitas pessoas usam da liberdade de expressão para atacar“, destacou Karol Conká.

Em seguida, a cantora foi indagada sobre como sua percepção sobre o julgar e o se expressar mudou desde o ano passado, quando participou do BBB20 e foi eliminada com recorde de rejeição pelo público. “Uma coisa que eu aprendi nesse último ano é que realmente o que incomoda no outro é algo que tá mal resolvido na gente“, avaliou.

Sob o mesmo ponto de vista, ela ponderou sobre os comentários negativos nas redes sociais. “Aquilo vai de fato trazer um alívio para a pessoa que digita? Vai trazer mudança para quem é atacado com esses comentários?“, indagou Karol.

 

“Sentia que tinha quase a obrigação de ser reativa o tempo inteiro”

Depois, o papo continuou com Karol Conká relembrando os fatores que a levaram a querer sempre responder e falar sobre diferentes assuntos. “A vontade de me expressar era tanta, por não ter sido ouvida ou levada a sério há anos atrás, na minha infância, no colégio; eu achava assim ‘esse é um direito meu e eu vou falar o que eu penso’“.

Logo após, ela acrescentou: “já que eu ouvi tanto o que pensam sobre mim, eu vou falar também. Já que me agrediram tanto, me ofenderam tanto, eu vou ofender também. Eu sentia que eu tinha quase a obrigação de ser reativa o tempo inteiro“. Karol concluiu o pensamento afirmando que “sem limite, a liberdade acaba“.

Por fim, a rapper comentou sobre as limitações impostas pelo racismo estrutural na sociedade, e o desejo de ser livre enquanto crescia em Curitiba. “Pretos no Sul é outra coisa. A gente aprende a ser preto depois que conhece outros estados“.

Encontrei na música uma forma de me libertar e libertar as minhas ideias“, finalizou Karol Conká.

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