Kanye West é o protagonista de uma nova polêmica nos Estados Unidos. O rapper vem sendo alvo de críticas após usar uma camiseta que dizia “White Lives Matter” (“Vidas brancas importam“). A peça foi incluída em um desfile surpresa da Yeezy, coleção de roupas do rapper, na última segunda-feira (3), durante a Semana de Moda em Paris.
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A camiseta ironizava o movimento “Black Lives Matter” (“Vidas pretas importam“). Embora alguns fãs, inicialmente, tenham achado que o artista estava brincando, o rapper reforçou sua posição nas redes sociais. “Todo mundo sabe que o ‘Black Lives Matter’ é uma farsa. Agora acabou. De nada!“, escreveu Ye. Em outras publicações, ele pediu para “falar sobre coisas mais importantes“, incluindo, “como Bernard Arnault matou meu melhor amigo”. Arnault é o CEO da LVMH, grupo dono da Louis Vutton, grife da qual o designer de moda Virgil Abloh – falecido em 2021, vítima de um câncer – foi diretor criativo.
Além do próprio Kanye, vários modelos apareceram vestindo a camiseta conforme o desfile da coleção avançava. A peça ainda tinha a imagem do Papa João Paulo II. O “White Lives Matter” originou-se em 2015, como uma “resposta racista ao movimento Black Lives Matter“, que foi estimulado por casos contínuos de brutalidade policial, segundo a ADL (via Complex).
Algumas instituições norte-americanas associam o WLM a um “grupo neonazista” reconhecido por organizar comícios e eventos nos últimos anos. Kanye West ainda intensificou as críticas as peças ao posar com a ativista conservadora Candace Owens em fotos publicadas nas redes sociais.
Nomes como Boosie Badazz e Jaden Smith criticaram o design. Jason Lee – nomeado chefe de mídia e parcerias de Ye – deixou o seu cargo e se manifestou contra a mudança.
“Eu amo Ye como pessoa e apoio a liberdade de expressão. Mas isso está iluminando os negros e fortalecendo a supremacia branca”, escreveu Lee no Instagram na terça-feira. “Não tenho certeza se ele ainda tem amigos para contar, mas isso é totalmente decepcionante.”, declarou Lee.