A internet tem sido uma aliada dos foliões que permaneceram em casa nesses dias (que seriam) de festa nas ruas. E nesta busca por conforto, muitos descobriram o grupo sul-coreano Tell a Tale. Mas ao contrário de seus conterrâneos do BTS, EXO ou NCT, o trio se encantou com a música popular brasileira e faz versões de pagode e samba-enredo. Um bom exemplo do que seria o K-samba!
Foto: Reprodução/Instagram
O percussionista Do Jun Hong, o cantor Kim Wontae e o músico Sebeen formaram o Tell a Tale há três anos e começou a viralizar no YouTube pelos covers de hits como “Pé Na Areia”, do Diogo Nogueira, “Simples Desejo”, conhecida nas vozes de Luciana Melo e Thiaguinho, “Cerveja de Garrafa”, do Atitude 67, “É Tarde Demais”, do Raça Negra, entre outros. E o detalhe: todos os vídeos com a tradução da letra em coreano.
Sebeen passou uma temporada no Brasil com alguns amigos – todos os alunos da Escola da Alegria, uma escola de samba em Seul, capital da Coreia do Sul. Inclusive, chegou a desfilar na bateria da escola de samba carioca Paraíso do Tuiuti. A paixão pela música negra produzida por aqui também contagiou Kim Wontae e Do Jun Hong há alguns anos. Eles revelam que tocam instrumentos de percussão há pelo menos 8 anos.
Sebeen como ritmista do Paraíso do Tuiuti (Foto: Arquivo pessoal)
Já são quase 67 mil inscritos no canal do YouTube e mais de 26 mil seguidores no Instagram. Não são números tão expressivos como dos grupos de K-pop, mas aos poucos o Tell a Tale conquista admiradores na Coreia do Sul e no Brasil, em um belo exemplo de intercâmbio cultural.
E se pela primeira vez em 89 anos não haverá desfile das escolas de samba, o Tell a Tale preparou uma surpresa para os torcedores da Unidos do Viradouro, campeã do carnaval carioca em 2020 com o enredo “Viradouro de Alma Lavada”, uma homenagem às “ganhadeiras” de Itapuã, que lavavam roupa à beira da lagoa, cantavam (e encantavam) a todos na Bahia.
Veja outras versões de samba e pagode do Tell a Tale:
