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Jornal britânico fala do clipe de “Vai Malandra” da Anitta

A música é em português, mas a repercussão é mundial: o clipe de “Vai Malandra”, da Anitta, ganhou uma reportagem no jornal The Guardian, na Inglaterra. Intitulada “O clipe brasileiro toca no nervo sobre racismo, abuso sexista e desigualdade”, a matéria trata sobre os pontos esmiuçados pela cantora no vídeo do single novo – primeira música em português a entrar no Top 20 global no Spotify. “O sucesso desencadeou um debate feroz no Brasil, expondo as falhas sociais do país, que lida com questões de desigualdade, racismo, abuso sexista e apropriação cultural”, diz a matéria assinada pelo jornalista Dom Phillips.

O trata dos debates gerados pelo lançamento: apropriação cultural por causa das trancinhas, celebração da sexualização da mulher negra e da mulher favelada, controvérsia pela direção artística de Terry Richardson, sempre mostrando os dois lados da dicussão. Confira o trecho abaixo:



“Os brasileiros tem sido imperturbáveis quando à imagem altamente sexual usada no clipe, durante o qual Anitta em um momento usa um biquíni feito de fita isolante – algo criado na moda da favela para deixar a maquinha perfeita. Muitos têm visto o uso impetuoso do estilo da favela como uma celebração dessas comunidades marginalizadas e de baixa renda, e observam que Anitta cresceu em um dos bairros mais pobres da cidade. Mas outros dizem que a estrela estava apenas se aproveitando. ‘Anitta usa a negritude quando lhe convém’, escreveu Stepahnie Ribeiro, uma arquiteta e ativista, em uma coluna para a Marie Claire”.

A reportagem também mostra a polêmica em torno do superclose na bunda de Anitta, logo no início do clipe. Há quem encare como sexualização, e como empoderamento feminino. “‘A bunda da Anitta com suas celulites, sem Photoshop, é um tópico e não um objeto’, escreveu a acadêmica Ivana Bentes, ‘Anitta é parte do surgimento de um feminismo feminino e viril! A masculinidade e a virilidade podem, sim, ser apropriadas e transformadas por mulheres’. Bruna Aguiar, estudante e ativista da favela Acari do Rio, elogiou a estrela por mostrar ao mundo a cultura da favela, que deu origem ao funk. ‘A favela é muito rica em música, cor e vida. É bom para o mundo saber disso – que não somos apenas corpos sangrando, com tiroteios e lágrimas’, diz'”.


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