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Johnny Massaro concorre contra “Thor” e defende política protetiva para cinema nacional

“Deveria ser 50% de salas para cinema nacional. As pessoas vão consumir o que a gente oferecer pra elas”, defende Johnny Massaro.

(Fotos: Felipe Amarelo / Marvel)

Johnny Massaro chega aos cinemas nesta quinta (7/7) com o filme “Os Primeiros Soldados”, no qual interpreta um homem gay com AIDS nos anos 1980. O longa-metragem, que foi premiado na Alemanha e em festivais nacionais, tem, contudo, um obstáculo no caminho: a estreia da superprodução da Marvel “Thor: Amor e Trovão”, que domina a maioria das salas.

(Foto: Felipe Amarelo / Divulgação)

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O cinema brasileiro vive situações ingratas como essa frequentemente. Por conta disso, Johnny Massaro defende uma política pública que proteja o cinema nacional. “Deveria ser 50% de salas para cinema nacional. As pessoas vão consumir o que a gente oferecer pra elas. Se a gente oferecer o Thor e o Homem-Aranha, fica injusto. É o básico uma espécie de política que proteja o nosso cinema, que é proteger nossa cultura, nosso povo, nossa língua e nossa história”, o ator diz ao POPline.

“Estou chutando 50%, mas talvez fosse 60%, 70%, não sei. Posso estar enganado, mas a França faz isso: seleciona uma quantidade de salas para que a coisa possa existir, porque assim fica ingrato, inglório, impossível. Os caras têm muito dinheiro. O orçamento para fazer um ‘Thor’ deve ser no mínimo dez ‘Os Primeiros Soldados’. O dinheiro de publicidade que esses filmes tem é absurdo. É impossível. A gente precisa entender a importância de proteger o que é nosso. É construir um país que tem orgulho de si mesmo”, completa Johnny.

O que esperar de “Os Primeiros Soldados”, com Johnny Massaro?

Dirigido por Rodrigo Oliveira, o filme mostra membros da comunidade LGBTQIAP+ resistindo e lidando com a epidemia de HIV e AIDS no início dos anos 1980. A história se passa em Vitória, no Espírito Santo e acompanha Suzano (Johnny Massaro), um estudante de biologia que acabou de voltar para o Brasil. Ele tenta proteger a irmã e o sobrinho dos impactos de sua condição.

“Tem toda a importância da reafirmação da existência LGBTQIAP+. É muito essencial que, cada vez mais, sejam produzidas obras que coloquem esses corpos como protagonistas de suas próprias histórias. Nós existimos, participamos da economia, participamos da sociedade, então é evidente que isso precisa estar representado na tela. Isso é a vida. Essa temática me atraiu muito de cara”, diz Johnny Massaro.

(Foto: Felipe Amarelo / Divulgação)

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