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Johnny Hooker errou? Entenda as chances de Fernanda Torres no Oscar 2025

Com forte torcida, Fernanda Torres é um dos nomes cotados para indicação ao Oscar de melhor atriz, mas a categoria traz disputa bastante acirrada.

(Foto: Divulgação / Fiorenzo de Luca)

O cantor Johnny Hooker causou controvérsia no feriado ao comentar no Instagram que “é realista” e que “Fernanda Torres não tem chance de ganhar o Oscar”. O artista brasileiro declarou sua torcida por Demi Moore, que protagoniza “A Substância”. Fora ele, Fernanda conta com torcida forte no Brasil, por seu desempenho elogiado no filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.

(Foto: Instagram @oficialfernandatorres)

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Mas Fernanda Torres tem chances no Oscar 2025?

Apesar da torcida, a própria atriz é bem pessimista quanto às suas chances no Oscar 2025. “A gente tem que ser realista. É um ano muito forte de atrizes. Só de eu estar na ‘shortlist’, já é um milagre. É um filme falado em português”, ela disse em outubro

Fernanda Torres passou a ser um nome considerado para a premiação após o sucesso do filme no Festival de Veneza, onde foi aplaudido por dez minutos. Mas, de fato, há muitos pontos a serem levados em consideração, para além do talento e do mérito da artista no longa-metragem.

As lista de apostas internacionais

Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui” (Foto: Divulgação)

Fernanda Torres aparece nas principais listas de apostas para o Oscar de melhor atriz – categoria para a qual a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas seleciona apenas cinco nomes. A Variety coloca a brasileira como a oitava mais cotada (o que a deixaria de fora do Top 5), mas o site The Hollywood Reporter a coloca em 6º lugar entre as favoritas – quase empatada com a atriz que aparece em 5º lugar, justamente Demi Moore.

A brasileira também aparece entre as dez favoritas para uma indicação no site GoldDerby, que traça uma média das apostas de especialistas, editores do site e internautas. Há nomes fortes na corrida pelo Oscar de melhor atriz: Angelina Jolie, Nicole Kidman, Karla Sofia Gascón, Marianne Jean-Baptiste e a novata Mikey Madison, que venceu Cannes com “Anora”.

Histórico do Oscar de melhor atriz

A única vez que uma atriz brasileira concorreu ao Oscar foi em 1999, quando Fernanda Montenegro recebeu uma indicação por “Central do Brasil”. Além disso, a Academia não indica uma atriz latina desde 2019, quando a mexicana Yalitza Aparício concorreu por “Roma”. Para 2025, já há outra latina no páreo: Karla Sofía Gascón, a espanhola que protagoniza “Emilia Pérez”, falado em espanhol.

(Foto: Divulgação)

A Academia indicaria duas latinas em detrimento de duas americanas? Dificilmente. Apesar de vir buscando mais diversidade na última década, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas raramente valoriza atuações que não sejam em inglês. Neste século, a única exceção foi Marion Cotillard, que venceu o Oscar de 2008 com um filme falado em francês, “La Vie Em Rose”.

A credibilidade de Walter Salles

Não dá para ignorar também a credibilidade de Walter Salles no Oscar. “Ainda Estou Aqui” tem tanta atenção internacional por conta dele, que que se tornou um nome respeitado e admirado mundo afora.

(Foto: Divulgação)

Walter é quem dirigiu “Central do Brasil”, indicado aos Oscars de melhor filme internacional e melhor atriz (Fernanda Montenegro). Ele também dirigiu “Diários de Motocicleta” (2004), que venceu o Oscar de melhor canção original (“Al Outro Lado Del Río”) e foi indicado na categoria de melhor roteiro adaptado.

“Ainda Estou Aqui” é dado como certo para indicação como melhor filme internacional. A Sony Pictures e a equipe do longa trabalham para que o longa abocanhe outras nomeações – como roteiro adaptado, direção, ator coadjuvante (Selton Mello) e, claro, atriz. Não parece um delírio. Há chances.

O pedido de Fernanda Torres

(Foto: Sony Pictures Classics)

Fernanda sabe que existe muita expectativa pelo anúncio da lista de indicados. Mas ela ressalta que o mais importante é prestigiar o filme, já assistido por mais de um milhão de espectadores no Brasil. “Eu tento evitar um certo ‘vai levar’, ‘já ganhou’, que, no fim, possa criar um sentimento de derrota em torno do filme. Só estar entre os cotados é muita coisa”, diz a brasileira.

Ela não quer que o filme, que considera tão bonito, seja marcado por uma sensação de frustração no fim de tudo. “Se eu for indicada, é milagre. É um ano muito engarrafado de excelentes atuações. O filme tem grande chance de ser indicado como filme estrangeiro, mas tem as mesmas chances do ‘Emília Perez’ e do filme iraniano”, pontua.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciará os indicados em 17 de janeiro.

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