Johnny Depp acredita ser vítima de um boicote generalizado em Hollywood. Em sua primeira entrevista desde a demissão da franquia “Animais Fantástico e Onde Habitam”, ele apontou uma intensa rejeição profissional desde que sua ex-mulher, Amber Heard, o acusou de agressão em 2017.
Ao jornal britânico The Sunday Times, Depp, de 58 anos, falou sobre o assunto ao comentar o lançamento incerto de “Minamata”. No filme, ele dá vida a W Eugene Smith, um fotojornalista americano que ajudou a expor os trágicos efeitos do envenenamento por mercúrio nas comunidades costeiras japonesas na década de 1970.
“Alguns filmes tocam as pessoas. Isso afeta aqueles retratados em Minamata e as pessoas que passaram por experiências semelhantes. E tudo isso por causa de um boicote de Hollywood contra mim? Um homem, um ator em uma situação desagradável nos últimos anos?”, declarou.
Depp ainda afirmou que os produtores do longa fizeram um acordo com os executivos do estúdio para o lançamento de “Minamata” e que sua parte no trato está sendo cumprida.
“Nós olhamos essas pessoas [executivos] nos olhos e prometemos que não seríamos exploradores. O filme seria respeitoso. Acredito que nós cumprimos nossa parte no acordo, mas aqueles que vieram depois também devem cumprir a deles”, concluiu.
Relembre o caso
Em 2020, Johnny Depp perdeu um processo por difamação contra o jornal britânico The Sun, que se referiu ao ator como um “espancador de mulheres” em um artigo sobre ele e Amber Heard.
O tribunal decidiu que o jornal provou que o conteúdo de seu artigo era “substancialmente verdadeiro” e o juiz concluiu que 12 dos 14 supostos incidentes de violência doméstica haviam ocorrido.
Isso fez com que a distribuidora MGM, supostamente, adiasse o lançamento de “Minamata” nos Estados Unidos. O filme estava previsto para estrear em fevereiro deste ano, mas até agora não ganhou uma nova data.