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IZA comenta importância de políticas públicas e faz alerta à classe artística

Cantora acredita que empresas privadas devem complementar o trabalho feito pelo governo

Foto: Getty Images (Uso autorizado ao POPline)

IZA concedeu uma entrevista à revista Marie Claire publicada nesta sexta-feira (31). Durante a conversa, a cantora abordou questões envolvendo políticas públicas e criticou a classe artística por não ir além “da mensagem”, com propostas e soluções práticas.

Foto: Vitor Eduardo / AgNews (Uso autorizado ao POPline)

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Ao ser questionada sobre projetos de incentivo e políticas públicas que pavimentaram a sua trajetória educacional, IZA avaliou o poder desse tipo de iniciativa. “Sei o quanto determinados investimentos fizeram portas se abrirem para mim“, disse a cantora.

Ela conta que, por ser filha de uma professora, sempre estudou em escolas particulares com bolsas. “Tive 100% de bolsa na melhor faculdade de comunicação por causa do Enem. Educação era um problema público gravíssimo. Meus amigos bolsistas só estudaram por conta dessas políticas públicas”, explicou IZA, formada em publicidade.

Foto: Vitor Eduardo / AgNews

Dona de uma das carreiras pop mais bem sucedidas das últimas décadas, a artista diz que procura devolver a sociedade incentivos enquanto empresária.

Nesse momento da minha vida, que tenho oportunidade de fazer o que é correto, de devolver à população aquilo que ela merece, como uma empresa, vou fazer. Ir na TV falar um monte de coisas motivacionais é legal. Mas entendi que precisava fazer mais“, declarou a dona do hit “Sem Filtro“.

IZA, então, falou do projeto “Entre na Roda” (lançado por ela em novembro do ano passado, com objetivo de premiar 10 afroempreendedores de cinco categorias diferentes, com um prêmio de R$40 mil para cada). “Não nasceu de uma necessidade política, para fazer o que o governo não faz”, disse. “São questões complementares“, continuou a cantora.

“Acredito, sim, que com o novo governo vamos ver mais gente sorrindo de novo com projetos públicos. Mas também acho que deveria ser uma iniciativa de empresas privadas. Nós artistas temos muito mais capital do que precisamos. É preciso ir além das mensagens, das hashtags, e efetivamente fazer a diferença na vida de alguém” – IZA.