Ivete Sangalo está na contagem regressiva para o Carnaval 2023. E a prova disso é que, nesta quinta (19), a cantora lançou o EP, o “#ChegaMais”, convocando os fãs para a retomada da folia. Com cinco faixas, o registro ao vivo mergulha no que há de melhor da música baiana, emanando alegria e um sentimento de celebração em torno de uma das maiores festa populares do mundo.
Ivete Sangalo. Foto: Divulgação
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Em entrevista exclusiva ao POPline, Veveta falou com muita felicidade sobre o projeto que já está na boca do povo. “Esse projeto está sendo um sonho. Eu ia gravar um EP de estúdio e acordei com a vontade de juntar os fãs e os amigos. a gente fez em tempo recorde a produção desse EP. Foi ao vivo, foi fervo, foi carnaval. E, para carimbar esse verão tinha que ter um projeto reservado. Dois anos sem Carnaval, eu queria chegar coroando da melhor forma. É o repertório mais feliz”, diz.
“Ele vai virar turnê e agente vai levar essa turnê para o Brasil”, garante a diva. Cada faixa surge contando a história do percurso dos blocos, principalmente o da própria Ivete, no circuito Barra-Ondina, em Salvador. A montagem foi pensada para transportar o ouvinte diretamente para a magia que acontece na Avenida. Neste ano o Bloco Coruja desfila dias 18 e 20 de fevereiro por lá.
Ivete Sangalo. Foto: @itsober
“Quando a gente estava compondo as músicas, a gente foi percebendo o circuito do bloco. É uma característica muito minha. O que tá ali é muito eu. É a minha seleção mais mais do Carnaval”, diz. A faixa “Cria da Ivete”, presente na tracklist do EP, já nasceu aclamada. Após a primeira mostra no Carnatal, no Rio Grande do Norte, a faixa viralizou nas redes se tornando obrigatória do projeto.
“As músicas carnavalesca tem isso de chagar e pegar. Foi uma catarse. Muito especial. Eu senti isso no EP todo. As músicas já têm vida própria”, avalia a cantora. “É um fenômeno de lançamento. É muito legal”, conta. Vale destacar que todas as canções ganharão visuais individuais. Além disso, o desfile de Veveta no Carnaval da Bahia será transmitida, pela primeira vez, pela Globo.
“Eu acho lindo. É muito generoso e democrático, porque muita gente não vai conseguir vir para o Carnaval, então a gente eva o Carnaval para dentro de casa e vai ser um acontecimento. Vai ser diferente, novo e lindo”, comemora a estrela.
Ivete Sangalo. Foto: Láisa Naiane
Todas as canções foram gravadas no início de janeiro, na Casa Pia, em Salvador. Ivete reuniu mais de 600 fãs convidados, além de amigos, jornalistas, influenciadores e famosos. Os figurinos são um show á parte: idealizados pela cantora com o stylist Marco Gurgel, visitaram as raízes do carnaval, com referências que misturaram elementos de fantasias clássicas da festa. Impecável.
Faixa a Faixa, por Ivete Sangalo
Cria Da Ivete
“Partiu de uma necessidade minha de fazer um pagodão, além de gostar muito, eu vim de “Tá Solteira, Mas Não Tá Sozinha”, que as pessoas aceitaram muito bem! É um discurso que combina muito comigo e com a minha energia. “Cria da Ivete” é um pagode sobre mulheres que se comportam a partir de uma liderança. “Solteira não, Alegre” – É sair desses protocolos: que existem em relação às mulheres e que as mulheres têm seguido até mais comportamentos. Quando eu falo cria de Ivete, é um comportamento pra mim que se assemelha ao meu, de alegria de fazer o que quiser e botar pra quebrar. É também um linguajar bem atualizado, uma parceria com o Samir e Luciano, que são duas feras também da composição popular! A música é um uma bomba”.
Só Love Na Cabeça
“Ela foi concebida em meio a pandemia, na expectativa da gente querer de volta nossa rotina, nosso trabalho, rever nossos amigos e também a volta do Carnaval. Todo mundo que conhece o Carnaval de Salvador e que já foi ou que está indo pela primeira vez se sente assim, ‘é love na cabeça’ por toda angústia que nós passamos na pandemia em um tempo muito doido ‘pode preparar que eu não estou só, eu só love na cabeça’. Agora o amor vai vencer, o amor vai impregnar todos os corações e a gente vai ter um tempo diferenciado de amor”.
Rua da Saudade
“Foi nessa coisa de sentir falta do Carnaval de Salvador, mas na ideia de retomar esse curso, retomar essa odisseia. De ir pro carnaval, se apaixonar, se beijar na rua, um samba reggae mais romântico. Trazer a ideia do encontro do Carnaval, que é sempre o grande barato, seja do ponto de vista romântico, mas também as relações de amizade, de pessoas que sentem saudade do lugar, de pessoas, de sensações”.
Se Saia
“É um grande barato baiano, uma forma que o povo baiano fala, cheio de swing e com groove que é uma característica muito minha! Aquele bom e forte groove baianês dentro de um EP de Carnaval, voltada pro sentimento da Bahia”.
Batucada
“É da fonte que a gente bebe, dessa percussão baiana, dessa potência musical e ancestral, que faz da Bahia o que ela é. É exatamente o retrato do que a música da Bahia faz com a gente, do que os ritmos fazem com a gente! A pessoa que quiser ter algum princípio de diálogo comigo tem que fazer minha leitura, que eu gosto do tambor, que eu sou da percussão e sou da massa”.
