O iTunes entrou no mercado brasileiro em 2011, quando detinha mais de 60% das vendas digitais nos Estados Unidos. No Brasil, no entanto, “não aconteceu”. A lógica de pagar por um arquivo de música não pegou entre os consumidores no país. Hoje, a Apple já prioriza seu braço de streaming, a Apple Music, e não seria surpresa se descontinuasse o serviço de vendas em breve.
A plataforma do iTunes amarga números irrisórios no Brasil e é fácil liderar o ranking de vendas com menos de 50 downloads pagos. Isso mesmo: um single pode ser nº1 sem ter vendido nem 100 cópias no país. Dizer que a música foi nº1 no iTunes, na prática, não significa nada. Na verdade, somando as vendas de todas as dez músicas mais vendidas em um dia, não se chega a 200 downloads vendidos.
O cenário é bem diferente dos Estados Unidos, por exemplo. No momento do fechamento desta matéria, Jason Aldean lidera as vendas do iTunes de lá com 4,3 mil cópias vendidas. O Top 10 inteiro somado ultrapassa 18 mil downloads comercializadas em um dia. O mercado funciona diferente lá.
Brasileiro prefere o streaming
A Apple Music anunciou, há um ano, que havia chegado à marca de 60 milhões de assinantes mundialmente. É no serviço streaming que a Apple passa a investir, disputando contra o Spotify, ainda líder global. O Spotify está com 124 milhões de assinantes.
No Brasil, os números do Spotify comprovam que brasileiro prefere o streaming à compra de faixas e álbuns digitais. São milhões de streams diários. Músicas nacionais, em português, chegam a entrar na lista das mais ouvidas do mundo no Spotify, tamanho o consumo brasileiro.