A Nathalia Ferrari acompanhou o show da banda em São Paulo.
Quase pontual, o Tokio Hotel subiu ao palco do Via Funchal em São Paulo. Uma super produção com telões, leds e um cenário daqueles que a gente só acha possível ver em DVD.
Bill Kaullitz surgiu do centro do palco em uma espécie de pedestal. O vocalista é muito cuidadoso quanto aos figurinos e não dispensa performances individuais. As trocas de figurinos de Bill causaram frisson durante todo o espetáculo… ora as roupas brilhavam, ora acendiam no escuro.
A casa não estava completamente lotada, afinal era uma terça-feira à noite e sei bem que estamos em época de provas finais. Para minha surpresa, o público presente não era composto apenas por teens, as mais variadas faixas etárias cantaram com o grupo.
Vi o show ali do fim da pista, já que no Via Funchal, em qualquer lugar que você fique, a visão é perfeita. Na minha humilde opinião, é um dos melhores lugares para se assistir espetáculos.
Apesar disso, o calor era intenso. Por algum motivo desconhecido, o ar condicionado parecia não existir. Temi pela saúde dos fãs, principalmente daqueles que estavam mais próximos ao palco. Em um certo ponto do show, há chamas de fogo, que embelezaram e pioraram a questão da ventilação; um cheiro de queimado tomou conta do estabelecimento.
Eu não consegui ficar ali até o final. Aos 40 minutos de show, desci para o café e assisti por uma televisão de plasma o resto do show. Lá o ar funcionava magnificamente.
Fiquei triste ao ver os fãs passando mal ao sair de lá, a Rua Funchal mais parecia um hospital. Fizeram inúmeros sacrifícios pela banda, acamparam durante dias pelo show e quando o momento chegou, o bem-estar de todos foi colocado em risco.
Quanto à banda, me reservo o direito de não falar deles como um conjunto. Bill Kaullitz é o verdadeiro showman; o cara que valeu a pena ter passado pelas adversidades só para vê-lo. Ele não só canta impecavelmente como num cd, como é preocupado com detalhes mínimos que fazem toda a diferença.
O show é do Tokio Hotel, sem dúvida. Mas o corpo, a alma, a energia e o espetáculo ficaram por conta do vocalista Bill Kaullitz.