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It’s On: Ne-Yo em São Paulo


A sala em que esperávamos não era grande. Digamos que éramos cerca de vinte e cinco jornalistas de internet e impressos.

NeYo chegou com meia hora de atraso no local combinado. Com alguns seguranças, claro, afinal todo artista de certa magnitude anda com seu entourage.

Vestindo uma tradicional jaqueta preta (aquela da marca das três listrinhas), o cantor demonstrou ansiedade por seus shows no Brasil. Sua primeira passagem pelo País, aliás. Quando perguntei se o R&B estava morto e que vivíamos os tempos da dance music, me respondeu de maneira contundente: “O R&B não estará morto enquanto NeYo estiver vivo”. Sobre o novo álbum de Rihanna, nem adiantou insistir, é segredo e pronto. Ah, e o vídeo de “One in a million” virá em breve, fãs!

Simpático, solícito e pés no chão. Apesar do sucesso obtido, ele não pareceu deslumbrado, muito pelo contrário. Atendeu a todos e concedeu entrevistas exclusivas a diversos veículos.

O frio de São Paulo no dia do show era atípico. Nesta altura de agosto não costumamos enfrentar um clima tão intenso. Apesar disso, o público estava animado. Confesso que ainda não havia visto suas performances no palco, nem por youtube.

O show como um todo, é simples, com apenas um led atrás do cantor, sem grandes estruturas ou parafernálias.

Ele não é só o mais talentoso compositor do gênero nesta nova geração, mas mostrou-se um ótimo performer. De meias brancas e sapatos pretos, homenageou Michael Jackson no primeiro bloco. Não faltou uma só música do seu repertório; teve de “So Sick” à “Beautiful Monster” e ele até arriscou algumas palavrinhas em português.

Ne-Yo faz um estilo gentleman moderno que às vezes lembra Stevie Wonder – guardadas as devidas proporções, claro. A voz ao vivo é idêntica ao cd e a dança mantém o público atento.

Ne-Yo é o futuro e a realidade no R&B e não há ninguém que faça melhor do que ele.