Irmãos Menendez: tia diz que eles “não merecem” a prisão perpétua

Erik e Lyle Menendez não saem do noticiário internacional desde que a Netflix lançou uma série dramatúrgica sobre a vida deles e, mais recentemente, um documentário. O caso ganhou novo fôlego na mídia e a tia deles, Joan VanderMolen, de 92 anos, veio a público para apoiá-los.

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“Eles não merecem nada disso. Eles foram usados e abusados e isso parece não ter fim”, diz a irmã de Mary Louise, Kitty, assassinada pelos dois. Erik e Lyle mataram a mãe e o pai, José Menendez, segundo eles para se livrar de décadas de abusos sexuais.

Segundo Joan VanderMolen contou à Vanity Fair, os sobrinhos tentaram convencer a mãe a se separar do pai. “Eles prometeram cuidar dela e tudo o mais”, conta. Mas Kitty – que supostamente sabia que o marido abusava dos próprios filhos – escolheu ficar. Para Erik e Lyle, matá-la foi um golpe de misericórdia. Eles queriam mesmo era matar o pai.

O crime ocorreu em 1989 e eles foram presos em 1993, quando a polícia descobriu a verdade. O julgamento ocorreu apenas em 1996 e as alegações de abusos sexuais não foram consideradas. Os dois foram condenados à prisão perpétua.

Irmãos Menendez podem ser soltos

Muita gente, inclusive o ator Cooper Koch, que faz o Erik na série da Neflix, defende que a Justiça reveja o caso e faça um novo julgamento. Os defensores dos Irmãos Menendez alegam que eles já pagaram o que deviam, e merecem ter uma vida para além das grades.

Pela primeira vez, existe de fato uma chance disso acontecer. O promotor público George Gascón, de Los Angeles, informou que seu gabinete está analisando novas evidências que apoiam as alegações de abuso por parte do pai. Até o cantor Roy Rosselló, do Menudo, afirma ter sido abusado por José Menendez – o que fortalece essa narrativa dos irmãos.