Novo sucesso de audiência da Netflix, a série de ‘true crime’ “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais” se debruça sobre o caso dos norte-americanos Erik e Lyle Menendez, que mataram os pais em 1989 e cumprem pena de prisão perpétua na Califórnia. O programa, dos mesmos criadores de “Dahmer: Um Canibal Americano”, sugere um caso incestuoso entre os irmãos. O que há de real nisso?
(Foto: Netflix)
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Primeiro, é importante dizer que a dramatização da história assume liberdades criativas para preencher lacunas do caso – que chocou os Estados Unidos nos anos 1990. Erik Menendez chamou a série de caluniosa e caricata, e o ator Cooper Koch se mostrou empático quanto a isso.
No programa, os personagens Erik e Lyle dão um beijo e dançam como um casal no segundo episódio. No fim, a narrativa dá a entender que eles decidiram matar os pais após a mãe flagrá-los em um banho juntos. Mas o autor do livro “The Menendez Murders”, Robert Rand, especialista no assunto, diz que essas insinuações não refletem a realidade.
A real família Menendez (Foto: Acervo Pessoal)
Irmãos Menendez admitem episódio problemático na infância
Esses rumores e fofocas circularam na época do julgamento, mas sem nenhum embasamento. Houve um único episódio na vida real, ocorrido na infância deles, quando Lyle repetiu com Erik o que o pai havia feito com ele. O próprio Lyle contou isso em seu testemunho na Justiça.
“Quando Lyle tinha 8 anos, ele levou Erik para a floresta e abusou dele com uma escova de dentes — que é o que José tinha feito com ele. Então eu certamente não chamaria isso de um relacionamento sexual de qualquer tipo. É uma resposta ao trauma”, o especialista diz ao site The Hollywood Reporter.
Ryan Murphy, um dos criadores da série, também comentou o assunto. “Parte da controvérsia parece ser de pessoas pensando, por exemplo, que os irmãos estão tendo um relacionamento incestuoso. Há pessoas que dizem que isso nunca aconteceu. Houve pessoas que disseram que aconteceu”, pontua.
(Foto: Divulgação / Miles Crist / Netflix)
